sexta-feira, 12 de setembro de 2014

18º ENCONTRO DE PPIP E 13º ENCONTRO DE LABORATÓRIO



Continuação


OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Os Parâmetros Curriculares Nacionais indicam como objetivos do ensino fundamental que os alunos sejam capazes de:
• compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito;
• posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas;
• conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao País;
• conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;
• perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente;
• desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania;
• conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;
• utilizar as diferentes linguagens — verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal — como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação;
• saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;

• questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.




PCN Os Parâmetros Curriculares Nacionais constituem um referencial de qualidade para a educação no Ensino Fundamental em todo o País.  Áreas de conhecimento: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, História, Geografia, Arte e Educação Física; - três volumes com seis documentos referentes aos Temas Transversais: o primeiro volume traz o documento de apresentação destes Temas, que explica e justifica a proposta de integrar questões sociais como Temas Transversais e o documento Ética; no segundo, encontram-se os documentos de Pluralidade Cultural e Orientação Sexual, e no terceiro, os de Meio Ambiente e Saúde.
O ensino proposto pela LDB está em função do objetivo maior do ensino fundamental, que é o de propiciar a todos formação básica para a cidadania, a partir da criação na escola de condições de aprendizagem para:
“I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social” (art. 32).
Aprender e ensinar, construir e interagir
 A perspectiva construtivista na educação é configurada por uma série de princípios explicativos do desenvolvimento e da aprendizagem humana que se complementam, integrando um conjunto orientado a analisar, compreender e explicar os processos escolares de ensino e aprendizagem.
A configuração do marco explicativo construtivista para os processos de educação escolar deu-se, entre outras influências, a partir da psicologia genética, da teoria sociointeracionista e das explicações da atividade significativa. Vários autores partiram dessas ideias para desenvolver e conceituar as várias dimensões envolvidas na educação escolar, trazendo inegáveis contribuições à teoria e à prática educativa.
O núcleo central da integração de todas essas contribuições refere-se ao reconhecimento da importância da atividade mental construtiva nos processos de aquisição de conhecimento. Daí o termo construtivismo, denominando essa convergência. Assim, o conhecimento não é visto como algo situado fora do indivíduo, a ser adquirido por meio de cópia do real, tampouco como algo que o indivíduo constrói independentemente da realidade exterior, dos demais indivíduos e de suas  próprias capacidades pessoais. É, antes de mais nada, uma construção histórica e social, na qual interferem fatores de ordem cultural e psicológica.

A atividade construtiva, física ou mental, permite interpretar a realidade e construir significados, ao mesmo tempo que permite construir novas possibilidades de ação e de conhecimento.
Nesse processo de interação com o objeto a ser conhecido, o sujeito constrói representações, que funcionam como verdadeiras explicações e se orientam por uma lógica interna que, por mais que possa parecer incoerente aos olhos de um outro, faz sentido para o sujeito. As ideias “equivocadas”, ou seja, construídas e transformadas ao longo do desenvolvimento, fruto de aproximações sucessivas, são expressão de uma construção inteligente por parte do sujeito e, portanto, interpretadas como erros construtivos.
A tradição escolar — que não faz diferença entre erros integrantes do processo de aprendizagem e simples enganos ou desconhecimentos — trabalha com a ideia de que a ausência de erros na tarefa escolar é a manifestação da aprendizagem. Hoje, graças ao avanço da investigação científica na área da aprendizagem, tornou-se possível interpretar o erro como algo inerente ao processo de aprendizagem e ajustar a intervenção pedagógica para ajudar a superá-lo. A superação do erro é resultado do processo de incorporação de novas ideias e de transformação das anteriores, de maneira a dar conta das contradições que se apresentarem ao sujeito para, assim, alcançar níveis superiores de conhecimento.
O que o aluno pode aprender em determinado momento da escolaridade depende das possibilidades delineadas pelas formas de pensamento de que dispõe naquela fase de desenvolvimento, dos conhecimentos que já construiu anteriormente e do ensino que recebe. Isto é, a intervenção pedagógica deve-se ajustar ao que os alunos conseguem realizar em cada momento de sua aprendizagem, para se constituir verdadeira ajuda educativa. O conhecimento é resultado de um complexo e intrincado processo de modificação, reorganização e construção, utilizado pelos alunos para assimilar e interpretar os conteúdos escolares.
Por mais que o professor, os companheiros de classe e os materiais didáticos possam, e devam, contribuir para que a aprendizagem se realize, nada pode substituir a atuação do próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os conteúdos da aprendizagem. É ele quem modifica, enriquece e, portanto, constrói novos e mais potentes instrumentos de ação e interpretação.
Mas o desencadeamento da atividade mental construtiva não é suficiente para que a educação escolar alcance os objetivos a que se propõe: que as aprendizagens estejam compatíveis com o que significam socialmente.
O processo de atribuição de sentido aos conteúdos escolares é, portanto, individual; porém, é também cultural na medida em que os significados construídos remetem a formas e saberes socialmente estruturados.
Conceber o processo de aprendizagem como propriedade do sujeito não implica desvalorizar o papel determinante da interação com o meio social e, particularmente, com a escola. Ao contrário, situações escolares de ensino e aprendizagem são situações comunicativas, nas quais os alunos e professores atuam como co-responsáveis, ambos com uma influência decisiva para o êxito do processo.
A abordagem construtivista integra, num único esquema explicativo, questões relativas ao desenvolvimento individual e à pertinência cultural, à construção de conhecimentos e à interação social.
Considera o desenvolvimento pessoal como o processo mediante o qual o ser humano assume a cultura do grupo social a que pertence. Processo no qual o desenvolvimento pessoal e a aprendizagem da experiência humana culturalmente organizada, ou seja, socialmente produzida e historicamente acumulada, não se excluem nem se confundem, mas interagem. Daí a importância das interações entre crianças e destas com parceiros experientes, dentre os quais destacam-se professores e outros agentes educativos.
O conceito de aprendizagem significativa, central na perspectiva construtivista, implica, necessariamente, o trabalho simbólico de “significar” a parcela da realidade que se conhece. As aprendizagens que os alunos realizam na escola serão significativas à medida que conseguirem estabelecer relações substantivas e não-arbitrárias entre os conteúdos escolares e os conhecimentos previamente construídos por eles, num processo de articulação de novos significados.
Cabe ao educador, por meio da intervenção pedagógica, promover a realização de aprendizagens com o maior grau de significado possível, uma vez que esta nunca é absoluta — sempre é possível estabelecer alguma relação entre o que se pretende conhecer e as possibilidades de observação, reflexão e informação que o sujeito já possui.
A aprendizagem significativa implica sempre alguma ousadia: diante do problema posto, o aluno precisa elaborar hipóteses e experimentá-las. Fatores e processos afetivos, motivacionais e relacionais são importantes nesse momento.
Os conhecimentos gerados na história pessoal e educativa têm um papel determinante na expectativa que o aluno tem da escola, do professor e de si mesmo, nas suas motivações e interesses, em seu autoconceito e em sua auto-estima. Assim como os significados construídos pelo aluno estão destinados a ser substituídos por outros no transcurso das atividades, as representações que o aluno tem de si e de seu processo de aprendizagem também. É fundamental, portanto, que a intervenção educativa escolar propicie um desenvolvimento em direção à disponibilidade exigida pela aprendizagem significativa.
Se a aprendizagem for uma experiência de sucesso, o aluno constrói uma representação de si mesmo como alguém capaz. Se, ao contrário, for uma experiência de fracasso, o ato de aprender tenderá a se transformar em ameaça, e a ousadia necessária se transformará em medo, para o qual a defesa possível é a manifestação de desinteresse. A aprendizagem é condicionada, de um lado, pelas possibilidades do aluno, que englobam tanto os níveis de organização do pensamento como os conhecimentos e experiências prévias, e, de outro, pela interação com os outros agentes.
Para a estruturação da intervenção educativa é fundamental distinguir o nível de desenvolvimento real do potencial. O nível de desenvolvimento real se determina como aquilo que o aluno pode fazer sozinho em uma situação determinada, sem ajuda de ninguém. O nível de desenvolvimento potencial é determinado pelo que o aluno pode fazer ou aprender mediante a interação com outras pessoas, conforme as observa, imitando, trocando idéias com elas, ouvindo suas explicações, sendo desafiado por elas ou contrapondo-se a elas, sejam essas pessoas o professor ou seus colegas. Existe uma zona de desenvolvimento próximo, dada pela diferença existente entre o que um aluno pode fazer sozinho e o que pode fazer ou aprender com a ajuda dos outros. De acordo com essa concepção, falar dos mecanismos de intervenção educativa equivale a falar dos mecanismos interativos pelos quais professores e colegas conseguem ajustar sua ajuda aos processos de construção de significados realizados pelos alunos no decorrer das atividades escolares de ensino e aprendizagem.
Existem ainda, dentro do contexto escolar, outros mecanismos de influência educativa, cuja natureza e funcionamento em grande medida são desconhecidos, mas que têm incidência considerável sobre a aprendizagem dos alunos. Dentre eles destacam-se a organização e o funcionamento da instituição escolar e os valores implícitos e explícitos que permeiam as relações entre os membros da escola; são fatores determinantes da qualidade de ensino e podem chegar a influir de maneira significativa sobre o que e como os alunos aprendem.
Os alunos não contam exclusivamente com o contexto escolar para a construção de conhecimento sobre conteúdos considerados escolares. A mídia, a família, a igreja, os amigos, são também fontes de influência educativa que incidem sobre o processo de construção de significado desses conteúdos. Essas influências sociais normalmente somam-se ao processo de aprendizagem escolar, contribuindo para consolidá-lo; por isso é importante que a escola as considere e as integre ao trabalho. Porém, algumas vezes, essa mesma influência pode apresentar obstáculos à aprendizagem escolar, ao indicar uma direção diferente, ou mesmo oposta, daquela presente no encaminhamento escolar. É necessário que a escola considere tais direções e forneça uma interpretação dessas diferenças, para que a intervenção pedagógica favoreça a ultrapassagem desses obstáculos num processo articulado de interação e integração.
Se o projeto educacional exige ressignificar o processo de ensino e aprendizagem, este precisa se preocupar em preservar o desejo de conhecer e de saber com que todas as crianças chegam à escola.
Precisa manter a boa qualidade do vínculo com o conhecimento e não destruí-lo pelo fracasso reiterado. Mas garantir experiências de sucesso não significa omitir ou disfarçar o fracasso; ao contrário, significa conseguir realizar a tarefa a que se propôs. Relaciona-se, portanto, com propostas e intervenções pedagógicas adequadas O professor deve ter propostas claras sobre o que, quando e como ensinar e avaliar, a fim de possibilitar o planejamento de atividades de ensino para a aprendizagem de maneira adequada e coerente com seus objetivos. É a partir dessas determinações que o professor elabora a programação diária de sala de aula e organiza sua intervenção de maneira a propor situações de aprendizagem ajustadas às capacidades cognitivas dos alunos.
Em síntese, não é a aprendizagem que deve se ajustar ao ensino, mas sim o ensino que deve potencializar a aprendizagem.








18º ENCONTRO DE PPIP E 13º ENCONTRO DE LABORATÓRIO

Continuação

Com boliches, dados e argolas a turma aprende a fazer cálculos
Objetivo(s) 
- Construção e ampliação de um repertório de cálculos memorizados.
- Elaboração de procedimentos de cálculo mental.
- Resolução e elaboração de problemas a partir de contextos de jogo.
Conteúdo(s) 
- Cálculo mental de adições e multiplicações.
- Resolução de problemas.
Ano(s) 
Tempo estimado 
Em torno de 15 aulas.
Material necessário 
- Dados, argolas, garrafas pet, cartolina, papel sulfite, etiquetas e fita colante para a confecção dos jogos e tabelas de resultados.
Desenvolvimento 
1ª etapa  Introdução
Nessa etapa, o objetivo é verificar quais cálculos os alunos já resolvem com autonomia e quais ainda não. Para isso, organize uma avaliação diagnóstica em que apareçam cálculos como adições cujo resultado seja igual a dez (1+9, 2+8, 3+7, 4+6,5+5), de números de um algarismo (8+3, 6+7 etc.), adições de parcelas iguais (5+5, 4+4, etc.), de números redondos ou terminados em cinco (20+20, 30+60, 25+25, 45+15 etc.) e outros terminados em diferentes unidades (63+15 etc.). Ao orientar a classe para a realização dessa atividade, peça que cada um registre, ao final da avaliação, quais cálculos eles já sabiam o resultado, quais foi possível calcular mentalmente e quais foi preciso fazer uso do cálculo escrito (seja por meio de estratégias pessoais ou do algoritmo). Explique para a turma que é importante realizar a atividade individualmente para que possa conhecer bem o que cada um já sabe sobre cálculos de adição e, assim, propor boas atividades para todos.
Sempre que apresentar um novo jogo, distribua uma cópia da regra para cada um e leia conjuntamente com a turma:
Dados: Regra do Jogo de Dados - Melhor de 5: Lance dois dados ao mesmo tempo, some o resultado obtido e o anote em uma folha avulsa. Após cinco rodadas, compare o resultado final com o de seu colega. Ganha quem tiver a maior pontuação.
Há uma grande variedade de jogos de dados. Por isso, é preciso escolher qual versão será usada em função das necessidades da turma. Por exemplo, se você tiver alunos que ainda não tenham memorizado os resultados das adições de números de um algarismo (1+1, 2+2, 2+1, 3+5, 6+4, etc.) é interessante propor o jogo de dados, como por exemplo o "Melhor de 5", que pode ser realizado em duplas ou trios.
Boliche: Regra do Jogo de Boliche: Cada garrafa possui uma pontuação que varia de acordo com a sua cor: amarelas (3 pontos), azuis (4), verdes (5) e vermelhas (6). Jogue a bola e tente derrubar o máximo de garrafas possíveis. Atenção: para fazer o lançamento não é permitido ultrapassar a linha traçada no chão pela professora. Cada aluno pode fazer apenas três lances. Some os pontos das garrafas que conseguiu derrubar. Ganha aquele que fizer mais pontos.
Antes de iniciar o jogo com a sala, organize as garrafas em forma de um triângulo (na base quatro garrafas, em seguida três, depois duas e, na ponta, uma garrafa - aqui seria melhor inserir um desenho) e faça uma linha com giz para indicar o local onde os alunos devem fazer o lançamento.
No jogo de boliche, pode-se atribuir uma pontuação única para as garrafas para trabalhar com somas sucessivas de um mesmo número e favorecer a construção de um repertório multiplicativo (por exemplo, se as garrafas valem cinco pontos e, uma criança derruba 7 garrafas, ao longo de suas tentativas, terá que somar 5+5+5+5+5+5+5 ou fazer 7x5, para calcular quantos pontos obteve).
Outra alternativa é atribuir pontos diferentes, anotados nas garrafas com etiquetas, para favorecer a construção de diferentes procedimentos aditivos (por exemplo, se o aluno tiver derrubado cinco garrafas com os seguintes pontos: 13, 17, 25, 12 e 10, pode primeiro somar todas as dezenas 10+10+20+10+10=60 e depois as unidades: 3+7 dá 10, 10+5 dá 15, 15 +2 dá17, então juntar tudo: 60+17 é igual a 77) ou fazer primeiro as somas mais fáceis ("eu sei que 3 + 7 dá 10, então 17+13 é igual a 10+10+10 que dá 30, 25 mais 2 dá 27 e mais 10 dá 37 e se somar o 10 que falta, 47, esse número mais o 30 que eu tinha achado primeiro dá 77).
Argolas: Regra do Jogo de Argolas: Cada aluno terá três chances para encaixar cada uma das três as argolas nas garrafas. O objetivo é acertar aquelas que têm maior pontuação. Ao final, some quantos pontos fez e o registre em uma folha avulsa. Compare o resultado com o de seus colegas. Ganha quem fizer mais pontos. Encape cada garrafa pet com uma cor (por exemplo: azul, verde, amarela, vermelha e preta) e defina um ponto para cada cor, por exemplo: azul=15, verde=25, amarela=35, vermelha=45 e preta=55). Assim como no jogo de boliche, é necessário definir um espaço para os lançamentos, então trace uma linha de giz no chão e combine que não se pode ultrapassá-la na hora de fazer os lançamentos.
Proponha os jogos algumas vezes, garanta que todas as crianças circulem por todos eles. Certifique-se de que todos compreenderam o funcionamento de cada um deles. Enquanto realizam a atividade, solicite que registrem os resultados em uma folha avulsa para que você possa recolher e analisar o que a turma sabe. Esse é um rico material para elaborar um portifólio e acompanhar os avanços de cada aluno ao longo da sequência. Nas próximas três aulas, organize a sala em grupos de quatro crianças, agrupe aquelas que possuem repertórios de cálculo semelhante e proponha, no início de cada aula, o jogo que possibilitará que cada aluno/grupo amplie seus conhecimentos de cálculo. Escolha o jogo mais adequado às necessidades dos alunos, sempre levando em conta os resultados da avaliação diagnóstica. No caso dos jogos de argolas e boliche é possível variar a pontuação atribuída às garrafas para ajustar o desafio e com isso atender necessidades de todos os alunos. Para as crianças com menor desenvoltura no cálculo, proponha números redondos ou menores (somar 10+20 é muito mais fácil que calcular 18 +15. É interessante, a principio, propor somas de unidades, para construir um repertório de resultados de adição, que funcionarão como apoio para cálculos mais complexos. Além disso, é importante propor somas de números redondos, o que favorece que as crianças se baseiem em resultados conhecidos de somas de um algarismo para calcular a soma de dezenas iniciadas por eles, por exemplo: saber quanto é 4+4 ajuda a saber quanto é 40+40). Para aquelas com um amplo repertório de resultados e procedimentos de cálculo, proponha números maiores, como dezenas e centenas "quebradas", por exemplo. Observe os procedimentos que os alunos utilizam para calcular e anotar os resultados dos jogos. Anote aqueles que lhe parecer mais interessantes para elaborar situações problemas.
Enquanto jogam, supervisione os grupos. Sempre que necessário retome as regras dos jogos, explique porque existe a necessidade de registrar os resultados, solicite que determinada criança lhe conte como fez para calcular. Aproveite este momento para registrar bons procedimentos de cálculo e ideias que as crianças apresentaram a seus colegas de classe. Separe algumas aulas para a socialização de bons procedimentos que a turma encontrou para "calcular rápido os resultados das partidas". Depois da discussão coletiva, anote as conclusões em num cartaz e incentive a todos a consultá-las para jogar. Solicite também que eles copiem no caderno.
2ª etapa  Aproveite suas anotações para resgatar os procedimentos mais interessantes que foram utilizados pelos alunos para propor situações problemas que explorem o contexto dos jogos para as crianças resolverem com o objetivo de tornar comum determinadas estratégias de cálculo mental, que você considera importantes para sua turma e para sistematizar os repertórios de cálculo. Também é possível colocar em discussão procedimentos equivocados.
Um erro comum entre os alunos é calcular a pontuação, usando apenas a quantidade de garrafas, desconsiderando a pontuação de cada uma delas. Caso isso ocorra, levante algumas questões, como por exemplo: É possível saber quem ganhou o jogo sabendo apenas que dois alunos acertam o mesmo número de garrafas? Se um acertou apenas as amarelas, enquanto o outro acertou uma azul e outra vermelha?
Dados
a) Jogando 2 vezes os dois dados, qual o maior número que se pode encontrar? E o menor?
b) A professora explicou a sua sala um jogo de dados chamado "Forme 10", em que cada participante joga dois dados, e se não tiver atingido 10, pode jogar mais um dado. Depois que todos tinham jogado e entendido o jogo, desafiou a turma a encontrar todas as formas possíveis de formar 10, com dois ou três dados. Tente, você também, resolver esse desafio.

As situações problemas que abordam o jogo de dados permitem socializar um repertório de resultados de adições de um algarismo e na sua discussão a sala pode combinar um conjunto de resultados que é importante saber de memória. Uma possibilidade é propor que a turma preencha uma tabela (como no exemplo abaixo) para indicar quais são os cálculos que eles já sabem fazer de memória. Com o tempo os alunos irão acrescentando colunas com outros exemplos de adição e subtração.
Argolas:
a) Antonio, Lucas, Artur e Rodrigo estavam jogando argolas juntos. Nesse jogo, as garrafas tinham a seguinte pontuação:

Antonio acertou três argolas na garrafa azul e uma na amarela.
Lucas acertou uma argola na garrafa azul, uma na verde e uma na vermelha.
Artur acertou duas argolas apenas, uma na garrafa vermelha e outra na preta.
Rodrigo acertou três argolas, todas na garrafa amarela.
Quem ganhou o jogo?
b) Com que combinação de argolas na garrafa é possível atingir 100 pontos? Há mais de uma combinação possível?

Os números escolhidos para o jogo das argolas na primeira questão permite socializar e sistematizar procedimentos para somas de números terminados em 5.
No segundo item, é comum que aqueles alunos com mais dificuldade podem testar cada um dos valores das argolas até encontrar a soma que resulte em 100. É importante que o professor acompanhe como as duplas estão resolvendo e, no momento da correção, peça para eles socializarem os procedimentos utilizados. Se os alunos já dominam algumas estratégias de cálculo mental, certamente eles farão algumas antecipações, como por exemplo, somar primeiro as unidades e depois as dezenas.

Boliche
a) Num jogo de boliche, ficou combinado que cada garrafa valeria 9 pontos. José acertou 9 garrafas e para calcular seus pontos somou 9+9+9+9+9+9+9+9+9. Lucas disse que tinha um jeito muito mais fácil e rápido de calcular. Tente descobrir, você também, um método melhor para fazer a conta de José. Depois troque ideias com seus colegas para definirem um método que seja bom para a turma.
b) Em outro jogo, as garrafas valiam 15 pontos. Quantas garrafas são necessárias acertar para fazer 30 pontos? E 60? E 90?

Atividades como essas permitem sistematizar procedimentos para adição de parcelas iguais e introduz a possibilidade de recorrer à multiplicação para encontrar o resultado. (Por exemplo, no problema a, que pede ao aluno a busca de um procedimento mais rápido que a soma reiterada de 9 para somar 9 vezes o nove, pode trazer soluções como usar a tabuada do 9 para encontrar esse resultado, multiplicando 9x9; ou via cálculo mental, em soluções como "fazer 9x10 é simples, já sabemos que é 90. 9x9 tem um 9 a menos que 9x10, então é só tirar 9 de 90, que dá 81". O professor deve socializar as diferentes resoluções e discutir com os alunos quais são as melhores formas de encontrar aquele resultado; comentando também quais são as estratégias esperadas que os alunos dominem daquele ano. O ideal é que no 4º ano todos possam usar multiplicações em problemas como estes.
3ª etapa Proponha às crianças que elaborem novos enunciados para trocar entre si, utilizando situações dos jogos que todos conheceram e jogaram. Trata-se de uma ótima oportunidade para você avaliar o quanto aprenderam dos jogos, os cálculos que propõem, e o que explicitam ao elaborar um enunciado de problema. Discutir os enunciados com a turma e propor situações de revisão deles é uma ótima oportunidade para que todos compreendam mais sobre a lógica por trás dos problemas e as operações que cada desafio pede.
Avaliação  Faça uma nova avaliação diagnóstica para verificar o quanto os alunos avançaram em relação ao diagnóstico inicial e o que falta para que eles alcancem os objetivos esperados.



Instituto de Educação Carmela Dutra

PPIP/ Laboratórios
Turma: 3001  data: ___/____/____

1)“... Nietzsche dizia que ela, a inteligência, era “ferramenta“ e “brinquedo“ do corpo. Nisso se resume o programa educacional do corpo: aprender “ferramentas“, aprender “brinquedos“. “Ferramentas“ são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia a dia. “Brinquedos“ são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria à alma. No momento em que escrevo estou ouvindo o coral da 9ª sinfonia. Não é ferramenta. Não serve para nada. Mas enche a minha alma de felicidade. Nessas duas palavras, ferramentas e brinquedos, está o resumo educação.
Ferramentas e brinquedos não são gaiolas. São asas. Ferramentas me permitem voar pelos caminhos do mundo. Brinquedos me permitem voar pelos caminhos da alma. Quem está aprendendo ferramentas e brinquedos está aprendendo liberdade, não fica violento. Fica alegre, vendo as asas crescer... Assim todo professor, ao ensinar, teria que perguntar: “Isso que vou ensinar, é ferramenta? É brinquedo?“ Se não for é melhor deixar de lado.
As estatísticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos alunos matriculados. Esses dados não me dizem nada. Não me dizem se são gaiolas ou asas. Mas eu sei que há professores que amam o vôo dos seus alunos. Há esperança...” (Texto Gaiolas e Asas de Rubem Alves - Folha de S. Paulo, Tendências e debates, 05/12/2001.)
São características da prática pedagógica em uma escola asa:

( A) Autoritarismo, Responsabilidade, Autonomia e Normas
( B) Liberdade, Normas, Disciplina e Autoritarismo.
( C ) Normas construídas no grupo, Co-participação, Liberdade e Respeito às diferenças.

2) Na terceira charge, a professora está alfabetizando a turma. Ela se preocupa com o fonema “m”, procurando repeti-lo constantemente para que a turma memorize o mesmo. No entanto, sua estratégia parece não obter sucesso. Reflita sobre a “ação” desenvolvida por esse profissional em relação ao seu planejamento.

( A) A professora está problematizando o conteúdo, pois fala da relação mãe e filho.
( B) A turma não acompanha, visto que, não há interesse e ainda não conhecem a letra M
( C ) A professora trabalha de forma descontextualizada. Seu planejamento dá ênfase à repetição e identificação do fonema, tornando o contato com a escrita e leitura sem sentido para a turma.

3) A Professora Ana leciona no 5º ano do Fundamental e vai trabalhar O Corpo Humano. Levou para a sala um cartaz com um esqueleto para desenvolver sua aula. Dará ênfase à identificação e nomeação dos ossos. Como a Professora Ana trata este conteúdo?

( A) Trata o conteúdo de forma procedimental.
( B) Trata o conteúdo de forma conceitual.
( C ) Trata o conteúdo de forma atitudinal

4) “A educação para a cidadania requer, portanto, que questões sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e a reflexão dos alunos. A inclusão de questões sociais no currículo escolar não é uma preocupação inédita. Essas temáticas já têm sido discutidas e incorporadas às áreas ligadas às Ciências Sociais e Ciências Naturais, chegando mesmo, em algumas propostas, a constituir novas áreas, como no caso dos temas Meio Ambiente e Saúde. Os Parâmetros Curriculares Nacionais incorporam essa tendência e a incluem no currículo deforma a compor um conjunto articulado e aberto a novos temas, buscando um tratamento didático que contemple sua complexidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma importância das áreas convencionais. O currículo ganha em flexibilidade e abertura, uma vez que os temas podem ser priorizados e contextualizados de acordo com as diferentes realidades locais e regionais e outros temas podem ser incluídos” (Parâmetros curriculares nacionais : apresentação dos temas transversais, ética / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997. p.24).
São temas transversais do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental:

( A) Ética, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Saúde e Orientação Sexual.
( B) Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Saúde e Orientação Sexual.
( C ) Ética, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural e Orientação Sexual

5) A escola não pode ser apenas conteudista ou simplesmente reprodutivista. Seu papel é mais amplo. É socializar o conhecimento e investir na qualidade do ensino. Porém, torna-se urgente, modificar sua prática educativa, muitas vezes individualista e fragmentada. Uma escola com caminho próprio, com sua marca, com feição própria e personalidade, já tem o seu projeto político-pedagógico, que se caracteriza:

(A) por uma cópia de documento a partir da discussão e elaboração de estratégias de um pequeno grupo de professores que representam a escola.
(B) por ser contextualizado, articular família e escola, promover a ação reflexiva e o envolvimento de toda comunidade escolar.
(C) por ser um documento facultativo, não sendo obrigatório a sua elaboração.

6) Observe a imagem, a partir dela, responda:


(A) Essa escola tem uma ação transformadora, compreendendo o aluno enquanto sujeito no processo de construção do conhecimento.
(B) Esse professor procura enquadrar os alunos para que os mesmos possam se adaptar ao processo de ensino-aprendizagem de forma eficaz.
(C) Essa escola não respeita a bagagem dos alunos, pois apresenta “fôrmas” às quais, os alunos devem se adaptar independente de suas necessidades, habilidades e interesses.

7) Considerando o texto “Aprender e ensinar, construir e interagir”, assim como, os objetivos gerais do PCN para o Ensino Fundamental I, elabore uma produção textual descrevendo as ideias e conceitos principais apresentados no texto, relacionando-as de forma crítica às charges apresentadas.

8) Pesquise no PCN de Matemática e Ciências Naturais dois objetivos para O 1º E 2º CICLO do Ensino Fundamental I e um bloco de conteúdo do 1º ciclo.

NOMES: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________



18º ENCONTRO DE PPIP E 13º ENCONTRO DE LABORATÓRIO

Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2014.

2 TEMPOS DE PPIP

4 TEMPOS DE LABORATÓRIO

OBJETIVOS

APRESENTAR AS PESQUISAS  SOLICITADAS NO ENCONTRO ANTERIOR
EXPLORAR O PCN DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS NATURAIS
APÓS LEITURA, DISCUTIR SOBRE O TRATAMENTO DOS CONTEÚDOS PROPOSTOS PELO PCN E A INTERDEPENDÊNCIA ENTRE AS ÁREAS: MATEMÁTICA, BIOLOGIA, QUÍMICA E FÍSICA
IDENTIFICAR POSSÍVEIS VIVÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO ENSINO FUNDAMENTAL ONDE EXPERIMENTARAM ATRAVÉS DE ATIVIDADES, ALGUNS CONCEITOS DESSAS ÁREAS

TEXTOS:
As situações didáticas de Ciências
A observação de fenômenos, a experimentação e a reflexão, além de muita leitura, ampliam os conhecimentos sobre questões dessa área/ Amanda Polato (novaescola@fvc.org.br) Beatriz Santomauro e Rodrigo Ratier
Em um mundo em que o desenvolvimento científico está por toda parte, o ensino de Ciências deve propor situações-problema e trabalhos que gerem reflexão, permitam participação ativa e tenham relação com o dia-a-dia. "A transposição da ciência acadêmica para a escola amplia a visão do cotidiano", diz Cândida Muzzio, coordenadora do Colégio Miró, em Salvador. É importante articular atividades. Um experimento sem observação, pesquisa e leitura é insuficiente para a aprendizagem. No Centro Educacional de Ensino de 1º Grau, em Presidente Castelo Branco, a 470 de Florianópolis, a professora da 3ª série Rozinei Forquezato participou de um projeto sobre compostagem que contempla quatro situações didáticas essenciais (veja sequência didática). Além de aprenderem conteúdos, os alunos veem o impacto de sua atuação na comunidade e no ambiente. Veja a seguir as quatro situações didáticas essenciais ao ensino e aprendizagem de Ciências:
1.Observação
O que é: 
Análise de um experimento com a mediação do educador. A atividade deve instigar perguntas e a elaboração de hipóteses. Ao estudarem o desenvolvimento das plantas, por exemplo, as crianças podem ver que crescem, mas nem sempre se atêm aos detalhes. Por isso a importância de direcionar o olhar delas. Como está a cépala (a proteção que encobre o botão da flor)? Aberta ou fechada? E depois de uma semana? 
Quando propor: Sempre que houver uma investigação desenvolvida em aula. 
O que a criança aprende: Além de conteúdos tradicionais, a observar fenômenos, elaborar hipóteses e organizar dados.
2. Experimentação
O que é: Investigação para relacionar o saber científico ao da garotada. O experimento não pode só demonstrar conhecimentos já apresentados. Se é preciso entender quais materiais flutuam, a turma sugere alguns e é desafiada. Uma folha de papel flutua? E se a amassarmos em forma de esfera?
Quando propor: Sempre que o conteúdo puder incluir experimentação.
O que a criança aprende: Além dos conteúdos relacionados, a manipular experimentos e a resolver problemas

3. Pesquisa em textos
O que é: Busca por respostas para a resolução de problemas em livros, revistas, jornais e internet. A atividade não é produtiva se for atrelada apenas à coleta de dados. Uma proposta: a turma faz uma experiência em que sal é dissolvido em água e o professor apresenta uma questão - todo sólido se dissolve em água? - a ser resolvida com base em fontes confiáveis.
Quando propor: Sempre que for preciso buscar informações.
O que a criança aprende:  Além dos
conteúdos relacionados, a trabalhar com obras de caráter científico e a ter maior autonomia na aprendizagem.

4. Leitura e escrita sobre Ciências
 O que é:  O professor cria uma oportunidade que gere dúvidas sobre um tema. Depois de todos revelarem suas concepções em conversas, desenhos e textos, ele indica a consulta a textos científicos. É essencial apresentar fontes variadas, além do livro didático, marcando a diferença entre as linguagens. Devem-se discutir conceitos, termos da área e características da linguagem, e não apenas supor que sejam conhecidos. Quando propor: Em todas as aulas.
O que a criança aprende: Compreendendo o que lê, aprofunda conhecimentos e informações sobre os conteúdos.

Experimentoteca: o desafio da introdução do ensino da química para alunos da Educação Infantil e 1ª série do Ensino Fundamental da Escola “Alvorecer”, São Luis-MA. 

AUTORES: RIBEIRO, M.H.DE O. (CEFET-MA) ; SIQUEIRA, L.F.S. (CEFET-MA) ; COSTA NETO, J.DEJ.G.DA (CEFET-MA) ; VASQUEZ,V.R.DAC. (COL. ALVOREC) ; OLIVEIRA, M.M. (CEFET-MA) ; COSTA,A.R.P. DA (COL.ALVORECE) ; PLUM,A.S.DAC. (COL.ALVORECE) ; RANGEL,J.H.G. (CEFET-MA)

RESUMO: Buscou-se conduzir os alunos da Educação Infantil II e 1ª série do Ensino Fundamental na escola “Alvorecer” em São Luís-MA, através de ensino de Ciências a desenvolverem de forma sutil e brincando os primeiros passos de Química e Biologia na experimentoteca da escola (pequeno laboratório). Trabalhando-se o tema higiene pessoal, mistura e transformações onde são abordadas primeiras noções de substâncias, materiais, objetos, estados físicos: sólido, líquido e gasoso. Trabalhou-se identificação de alguns objetos ou produtos feitos que envolvessem misturas a partir da produção de xampu e sabonete feito pelos os alunos. O resultado foi um lindo e agradável presente de Dia das Mães.
INTRODUÇÃO: Como ressalta Nigro “é de se esperar que as crianças de hoje, quando estudarem Ciências na escola, aprendam algo que as ajude a viver melhor, a construir um mundo no qual Ciência e tecnologia conciliem-se com o bem-estar, com a proteção ao meio ambiente e relacione o ensino-aprendizagem com a finalidade de conservação e transformação do ambiente com a melhoria da qualidade de vida”. O tema ‘misturas e transformações’ pode ser trabalhado desde as séries iniciais do ensino fundamental em Ciências Naturais, já que o próprio mingau das crianças, as tintas formando novas cores, a água do mar, o leite e o ar e em casa, com o suco, café e outros, são misturas. O xampu e o sabonete são feitos misturando materiais, dessa maneira estamos dando os primeiros passos no ensino de Química dentro de Ciências Naturais e trabalhando a interdisciplinaridade, pois pesa-se a glicerina, mede-se a quantidade de essência, determina-se o volume de água destilada, da base neutra e perolada, usando-se da matemática, artes e português. Buscou-se a teoria Vygotskiana onde diz não ser preciso esperar determinadas estruturas mentais se formarem para que a aprendizagem de um conceito seja possível: “ao contrário, é o ensino desse conceito que desencadeia a formação das estruturais mentais necessárias à sua aprendizagem”. Assim, a construção de uma nova estrutura mental se dá quando ela é exigida e o ensino formal é uma dessas ocasiões, certamente a mais relevante em relação aos conceitos científicos. Portanto, acredita-se ser possível trabalhar desde o Ensino Infantil conceitos químicos e físicos do dia-a-dia adaptados em contos, experiências e demonstrações, onde a criança já se familiariza com palavras e conceitos simples que envolvem essas disciplinas dentro de Ciências.
MATERIAL E MÉTODOS: Utilizaram-se materiais como glicerina incolor, essências de erva doce, base para xampu, água destilada, essência e base perolada. Todo o material foi adquirido em farmácias de manipulação. Compraram-se vidros pequenos de plásticos e enfeitou-se com flores feitas com biscuit e colocaram-se em caixas feitas pelos alunos com palitos. Fizeram-se as embalagens para presente que foram entregues às mães. Os alunos participaram das etapas como mistura dos materiais, adição das essências, transferência para os frascos menores, trabalhando-se também a coordenação motora (FIGURA 1 a 4). Toda participação dos alunos foi monitora pelo professor da disciplina Ciências. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através das aulas de Ciências trabalhou-se desde a educação infantil os cuidados com o corpo como a higiene e com meio ambiente conduzindo o aluno a ter responsabilidade e cuidado com ele mesmo e com as plantas e os animais. Por isso montou-se um aquário, um terrário e uma horta suspensa para que os mesmos cuidassem, e foi dentro desse contexto que se buscou mostra aos alunos a escovação dos dentes, cuidado com os cabelos, a higiene das mãos antes das refeições e tomar banho, assim fez-se discussão sobre os hábitos de higiene e aproveitou-se a data comemorativa do Dia das Mães para trabalhar com os alunos a produção de xampu e sabonete para serem dados de presente. Os alunos ficaram encantados por descobrirem do que são feitos esses produtos, pois há uma grande inquietação em relação a isso nessa idade, sendo essa a fase das perguntas e dos porquês que tanto os incomodam. O resultado desta empreitada foi aprovado pelas mães que puderam conhecer a experimentoteca e também pelos filhos que já começam a desenvolver o interesse pela pesquisa.
CONCLUSÕES: Espera-se que as crianças de hoje, quando estudarem Ciências, aprendam algo que as ajude a viver melhor e construir um mundo onde Ciência e tecnologia convivam com o bem-estar. Como afirma Paulo Freire: “no mundo escolar lemos palavras que, cada vez menos se relacionam com nossas experiências concretas, a escola silencia o mundo das experiências vividas ao ensinar a ler apenas as palavras da escola e não as palavras do mundo”. Por isso, acreditarmos que não é o desenvolvimento cognitivo que viabiliza a aprendizagem, mas a aprendizagem é que torna possível e provoca o desenvolvimento cognitivo.
AGRADECIMENTOS: Ao CEFET-MA ao Colégio Alvorecer, a Diretora Ângela Rossana Pereira da Costa e Pedagoga Ana Soraya da Costa Plum
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BARROS, C. S. G. Psicologia e Construtivismo. Ática, São Paulo, 1996
CAMPOS, M. C. C., NIGRO, R. G. Ciências: Vivência e Construção. 4º série, Ática, São Paulo-SP, 2001.
GASPAR, A. Experiências de Ciências para o ensino fundamental. Ática, São Paulo, 2005.


 Química no dia a dia

Objetivo(s) Saber como a química contribui para o desenvolvimento de novas substâncias.
Conteúdo(s) __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Ano(s)  3º4º5º
Tempo estimado  Seis aulas.
Material necessário Açúcar mascavo, fermento biológico, garrafa PET de 600 ml, garrafa PET incolor de 2 litros e equipamento para destilação.
Desenvolvimento 
1ª etapa 
Peça que os alunos identifiquem, entre produtos de uso cotidiano, aqueles que "contêm química". O objetivo é levá-los a perceber que, em quase tudo que nos cerca, há substâncias químicas que podem ser obtidas diretamente na natureza, como o sal (cloreto de sódio), ou sintetizados em laboratório (como os elementos contidos em certos remédios). Peça exemplos, registre-os e informe que as crianças retomarão o registro mais tarde.
 2ª etapa 
Os alunos deverão organizar os produtos citados em dois grupos: obtidos na natureza (como o sal) e sintetizados por indústrias químicas (como remédios e plásticos). Eles devem perceber que todos os materiais são obtidos a partir de recursos naturais, mas alguns precisam ser mais "trabalhados" que outros. Pergunte como o sal é obtido. As crianças podem dizer que essa substância vem da água do mar. Para simulá-la, encha um copo transparente com água e misture uma colher de sal. Peça que os estudantes comparem esse copo com outro que contenha apenas água. Eles vão notar que o copo com sal fica um pouco mais turvo. Solicite, então, que expliquem onde foi parar o sal acrescentado ao primeiro copo. A garotada deve concluir que a substância ainda está lá. Nesse momento, apresente um novo desafio: "Como desfazer a mistura?". Se eles sugerirem filtrar a água salgada, use um filtro de papel para demonstrar que o sal não fica retido. Depois, despeje a água com sal em uma vasilha para que ela evapore. Peça que as crianças identifiquem nesse processo qual é a matéria-prima (água com sal), qual é o processo de produção e separação (evaporação) e qual é o produto final (cloreto de sódio). Você pode orientá-las a registrar as etapas com desenhos.
3ª etapa 
Pergunte se os alunos sabem como é produzido o álcool combustível (etanol). É provável que eles saibam que esse álcool é obtido da cana-de-açúcar. Proponha uma pesquisa sobre o processo de fabricação, solicitando que busquem informações em diferentes fontes sobre as matérias-primas utilizadas nesse processo e suas etapas. A pesquisa servirá como "referencial teórico" para o próximo desafio: produzir álcool. Primeiro, encha uma garrafa de 600 ml com açúcar mascavo. Esse açúcar é o que mais se assemelha à garapa (caldo de cana) e pode ser obtido facilmente em supermercados e lojas de produtos orgânicos. Misture ao açúcar o conteúdo de dois envelopes de fermento biológico, o mesmo que se usa na massa de pão (leia o rótulo de cada produto para informar aos estudantes o que são esses dois materiais). Acrescente um pouco de água morna, tampe a garrafa e agite até dissolver e misturar tudo. Como haverá liberação de gás, é preciso deixar a tampa um pouco solta. Graças à ação das bactérias do fermento, o açúcar aos poucos será transformado em álcool. Agora, corte a parte superior de uma garrafa PET de 2 litros, de maneira que a garrafa de 600 ml com açúcar e fermento possa ser colocada dentro dela e coloque água até que a garrafa menor fique totalmente imersa. Isso permitirá observar mais facilmente a liberação de gás e garantirá que o processo de fermentação ocorra em um ambiente sem contato com o ar (esse cuidado é necessário para possibilitar a produção do álcool, que ocorre em ambientes com pouco oxigênio). Deixe a mistura em repouso por duas semanas em um local que os alunos possam ver. Quando as bolhas de gás estiverem diminuindo, agite um pouco a garrafa sem retirá-la da água, para garantir que os micro-organismos do fermento permaneçam em contato com todas as áreas em que ainda existe açúcar. Peça que os alunos comparem as etapas do experimento com os dados obtidos na pesquisa. Eles devem perceber que o açúcar representa o caldo de cana, que o fermento contém as bactérias necessárias para transformar sacarose em álcool e que as bolhas são o gás carbônico liberado no processo de fermentação.
4ª etapa 
Com a ajuda de um professor de Química ou de um laboratorista, faça a destilação do líquido fermentado. Caso esta etapa não seja possível, você pode pedir que os alunos sintam o cheiro do líquido fermentado, identificando o odor característico do álcool. Peça que os alunos revejam o registro que fizeram ao final da 1ª etapa e corrijam aquilo que julgarem necessário.
Avaliação 
Peça que os alunos representem por meio de desenho os dois processos (obtenção de cloreto de sódio e etanol). Ao compará-los, eles devem identificar a matéria-prima, o processo de produção e os produtos finais. Solicite ainda que apontem qual dos dois processos mais depende dos avanços da Química para ocorrer. As respostas indicarão qual foi o nível de compreensão das atividades que cada criança atingiu.
Flexibilização 
Para trabalhar com um aluno com deficiência física (com dificuldade na mobilidade e na motricidade oral), na 1ª etapa, estimule a participação dele, fazendo perguntas direcionadas e dando mais tempo para as respostas.
Na segunda etapa, observe o ritmo do aluno com deficiência durante o registro e faça as intervenções necessárias. Ele pode trabalhar em dupla, fazer um registro por escrito auxiliado pelo AEE (mas orientado por você) ou participar da elaboração de um registro coletivo.


O que é gravidade

Objetivo(s) 
- Observar a existência da força da gravidade e entender como ela age.
Conteúdo(s) 
Gravidade.
Ano(s) 1º2º3º4º5º
Tempo estimado Três aulas.
Material necessário Vídeo que mostra a vida em uma estação espacial, bichos de pelúcia de pesos diferentes ou outros objetos presentes na sala, como caixa e apagador, balança, globo terrestre e cartolinas.
Desenvolvimento 
1ª etapa 
Os alunos sabem o que é gravidade? Levando em conta as respostas, estimule-os a pensar na existência de uma força que nos faz permanecer no chão, com questões como "o que faz os objetos caírem no chão?". Anote as respostas em um cartaz.
2ª etapa 
Mostre o globo terrestre e conte que a Terra gira em torno de si mesma rapidamente (e que não percebemos isso porque o planeta é muito grande). Questione-os: por que não somos arremessados para o espaço? O que nos mantém no chão? Registre as respostas da turma novamente.
3ª etapa 
Retome as ideias do cartaz e faça comentários, encaminhando o grupo a perceber a relação entre o motivo que não nos deixa tirar o corpo do chão por mais que alguns segundos e o que nos mantém presos à Terra. Explique que o motivo é a gravidade e registre a ideia no cartaz.
4ª etapa 
Apresente o vídeo. Explique que as imagens mostram o dia a dia em uma estação espacial. Questione por quê os objetos e as pessoas flutuavam e como eles ficam parados no ar. Sugira que consultem o cartaz e, depois, sistematize as falas dos alunos, explicando que no espaço a força da gravidade é bem baixa.
5ª etapa 
É hora de analisar se a força gravitacional age do mesmo jeito seja lá qual for o peso do objeto que estiver caindo. O que os alunos pensam sobre isso? O mais pesado cai mais rápido? Eles tendem a dizer que sim e recorrer ao peso para justificar. Anote as respostas em outro cartaz e pese as pelúcias com a ajuda deles.
6ª etapa 
Peça que dois estudantes subam em cadeiras e deixem os bichos caírem no mesmo instante da mesma altura. Oriente a turma a observar. Se necessário, refaça a experiência para que todos percebam que ambos chegam ao chão ao mesmo tempo.
7ª etapa 
Retome as respostas da 5ª etapa e contraponha-as aos resultados da experiência para que os alunos usem a ideia de que a gravidade atrai os corpos para o chão aliada à simultaneidade da queda para justificar esse fato. Registre as explicações e sistematize o conhecimento, explicando que a força da gravidade age da mesma maneira sobre os corpos e que as coisas, no geral, independentemente de tamanho ou peso, caem ao mesmo tempo. Finalize o segundo cartaz com a conclusão.
Avaliação 
Observe as falas das crianças, analisando se usam os termos força e gravidade. Peça que façam um desenho de observação da queda das pelúcias. É importante que sinalizem a gravidade - usando setas apontadas para o chão, por exemplo.
Flexibilização 
Antecipe a etapa da exibição do vídeo junto ao AEE e faça a áudio-descrição das imagens. Discuta com o aluno cego a percepção que ele tem sobre a gravidade. Use um globo terrestre adaptado para mostrar ao aluno a rotação da Terra e estimule que todos os registros sejam feitos em braile, mesmo que a criança ainda não domine este sistema de escrita. Uma sugestão para analisar a força gravitacional é amarrar chocalhos nos objetos e permitir que o aluno avalie o peso de cada um antes que sejam arremessados. Com o barulho dos chocalhos será mais fácil perceber que os objetos chegam ao chão simultaneamente. Reforce a descrição oral de todas as etapas e ofereça materiais para que a criança faça o desenho na etapa de avaliação e sinalize a gravidade - como cola de relevo, canudos ou pedaços de barbante. Se necessário, amplie o tempo de realização desta sequência para o aluno.


Luz: registro com desenho científico
Publicado por 
Objetivo(s) 
- Entender a propagação da luz.
- Produzir resgistro com desenho.
Conteúdo(s) 
Flexibilização
Alunos sem cegueira total são capazes de distinguir a luz da sombra. Isso vai ajudá-los nessa atividade. Caso contrário, você poderá trabalhar em duplas ou em pequenos grupos e pedir para que o aluno cego trabalhe sentindo a temperatura da luz, aproximando as mãos da lanterna e mudando os cubos de lugar. Nas demais etapas ele terá que ouvir as descrições feitas pelos colegas. Ajude-o fornecendo informações prévias sobre a propagação da luz em braile. O registro em desenho pode ser feito em relevo, feito com cola ou com o contorno pontilhado. Por se tratar de um desenho científico, peça para que ele escreva em braile o nome das cores e dos elementos desenhados.

Acomode os cubos dentro da caixa de papelão. Em seguida, do lado oposto ao da abertura, acenda a lanterna. Pergunte aos alunos como iluminar os objetos no interior da caixa sem trocar de lugar a fonte de luz. Entre o papel sulfite e o espelho, qual funciona melhor como rebatedor? Por quê? Organize grupos e peça que eles façam testes, mudando os papéis de posição até que seja obtida a melhor iluminação. Por fim, solicite que cada criança desenhe a experiência, representando graficamente o tipo de papel usado, a trajetória da luz e a posição da folha.

Material necessário 
Lanterna, caixa de papelão com um dos lados aberto, cubos de plástico, papel sulfite e papel espelho.
Avaliação 
Verifique se, testando hipóteses, os alunos entenderam o conceito apresentado. E confira se os desenhos reproduzem a experiência de maneira adequada.


Planificação de sólidos geométricos

Objetivo(s) 
- Identificar as formas das faces de alguns poliedros.
- Utilizar o vocabulário próprio para se referir às figuras geométricas.
Conteúdo(s) 
Planificação de poliedros.
Ano(s) 2º, 
Tempo estimado 
Oito aulas.
Material necessário 
- Embalagens que representem os seguintes sólidos geométricos: cubo, prisma de base quadrada (paralelepípedo) e pirâmide de base quadrada.
- Representações de diferentes planificações correspondentes a cada um dos corpos geométricos acima e outras que não permitam montá-los.
Desenvolvimento 
1ª etapa 
Entregar uma folha de sulfite e orientar a criança que dobre a folha ao meio, e escreva seu nome ou apelido (como preferir) em seguida recorte e contorne em torno do nome.
2ª etapa 
Com a utilização de um espelho, estimular a criança a perceber, que a distância sua e do espelho e a mesma da imagem dentro do espelho.
3ª etapa 
No Geoplan, com a utilização de elásticos, estimular a criança a cria figuras geométricas que ela conheça.
4ª etapa 
Entregar uma flha quadriculada para que a criança desenhe as formas geométricas que criaram no Geoplan.
5ª etapa 
Retome as produções feitas na 1ª etapa da sequência e oriente a classe a analisá-las e redesenhá-las levando em conta o que aprenderam até então.
6ª etapa 
Dê sequência ao trabalho com o prisma de base quadrada (paralelepípedo) e a pirâmide de base quadrada, colocando em cena as mesmas atividades realizadas com o cubo.
Avaliação 
Distribua a tabela abaixo para os alunos completarem com informações sobre as características dos sólidos geométricos estudados.

Número de faces
Quantidade de triângulos
Quantidade de retângulos
Quantidade de quadrados
CUBO




PARALELEPÍPEDO




PIRÂMIDE





O Geoplano é uma ferramenta importante para o ensino da Geometria plana. O objeto é formado por uma placa de madeira onde são cravados pregos, fomando uma malha composta por linhas e colunas dispostas de acordo com a figura a seguir: