sexta-feira, 1 de agosto de 2014

3º ENCONTRO LABORATÓRIO

Rio de Janeiro, 1º de agosto de 2014.

DURANTE A APRESENTAÇÃO DAS HORTAS E TERRÁRIOS, PODEMOS DISCUTIR DIVERSOS ASSUNTOS, RELACIONAR CONTEÚDOS E TRATÁ-LOS EM DIMENSÕES DIFERENCIADAS: PROCEDIMENTAIS, ATITUDINAIS E CONCEITUAIS.
PERCEBEMOS A RELAÇÃO CULTURAL COM ESSAS PRÁTICAS, NO CASO DA HORTA E EM RELAÇÃO AO TERRÁRIO, ALÉM DE VER A VIDA DE UM PEQUENO "ECOSSISTEMA", FOI POSSÍVEL ASSISTIRMOS AO CICLO DA ÁGUA.

ALGUMAS QUESTÕES LEVANTADAS:
TERRÁRIO

MUITOS ALUNOS ESTRANHARAM O MOTIVO PELA QUAL, AS PLANTINHAS NÃO MORRERAM NO TERRÁRIO.
A FUNÇÃO DO CARVÃO NO TERRÁRIO, ASSIM COMO DAS PEDRINHAS FORAM LEVANTADAS.
SE QUALQUER PLANTA PODERIA SER PLANTADA NO TERRÁRIO.

VAMOS LÁ?

Uma camada de pedrinhas para aquário, outra de carvão vegetal e mais uma de terra adubada. Firmes no último andar, algumas mudas de plantas. Eis uma versão de terrário, recurso ótimo para observar o funcionamento da natureza. No caso, a ideia é reproduzir o meio ambiente vegetal para checar o ciclo completo da água. Quando a temperatura sobe, a água utilizada na rega, que ainda está na terra, evapora e se junta à da transpiração das plantas, formando uma concentração de vapor. Como o recipiente está totalmente vedado, esse vapor se condensa e forma pequenas gotas que ficam nas paredes e no lacre. É aí que ela retorna para irrigar o solo novamente. 

O experimento é também um bom meio para explicar como funciona a camada de ozônio. Aqui, quem exerce a tarefa é a tampa do recipiente. "Sem ela, o vapor se perde no espaço e não há a oportunidade de molhar a terra para que o ciclo recomece", justifica Walter Dohme, ludoeducador em meio ambiente, de São Paulo.

Prático e versátil, o terrário permite outras pesquisas. A bióloga Vanessa de Aquino Cardoso, de São Paulo, por exemplo, lança mão dele para demonstrar acontecimentos biológicos. "É possível acompanhar a germinação de diferentes sementes ou ver como pequenos animais, como as joaninhas e os grilos, se comportam nesse espaço." 

Essa é uma atividade de Ciências indicada para turmas de Educação Infantil e de Ensino Fundamental. De acordo com Walter, a vida útil do terrário pode chegar a um ano ou mais, se tomado um cuidado básico: ele só deve ser aberto a cada uma ou duas semanas para que as plantas recebam um pouco de brisa. "Se elas crescerem muito no período, podem ser aparadas", autoriza o ludoeducador.

Material necessário
- 1 vidro de boca larga
- 1 xícara de pedrinhas para aquário
- 1 xícara de carvão vegetal
- De 3 a 4 xícaras de terra adubada organicamente
- 2 ou 3 mudas de plantas diferentes
- Pá e rastelo
- Elástico
- Pedaço de plástico grosso maior que o tamanho da boca do vidro
- 1 xícara de água filtrada



Como fazer
1 MONTE AS CAMADAS Dentro do vidro, coloque primeiro as pedrinhas, depois o carvão e, por último, a terra. Aplaine cada camada com o rastelo. As três representam de maneira simplificada as condições ideais do solo. A de terra serve para nutrir o vegetal e as de pedregulho e de carvão têm a função de drenar a água. Com a pá, abra buracos na última camada e plante as mudas.

2 REGUE E FECHE Molhe cuidadosamente a terra, cubra o vidro com o plástico e vede bem com o elástico. O terrário tem de receber luz, porém não deve ficar exposto diretamente ao sol. 
3 ACOMPANHE O FENÔMENO Lacrado o vidro, começa o ciclo: a água penetra na planta pela raiz e é liberada por meio das folhas pela evaporação. Esse ambiente não dá conta de absorver o vapor que fica nas paredes e no teto do vidro. Quando a umidade chega ao ponto de saturação, ocorre uma espécie de chuva que devolve a água ao solo. 

4 VERSÃO RECICLADA O terrário também pode ser feito em outros tipos de vidro, como os de aquário ou os reutilizáveis. Uma outra opção é usar garrafas PET vazias. Pegue duas de água, porque são transparentes, corte uma em cerca de 3/4 de seu corpo e a outra em 1/4. Utilize a maior para fazer a montagem. Tampe com a menor de modo que ela fique por dentro da que serve como base. Vede com fita crepe.
 FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/terrario-observar-ciclo-agua-423021.shtml




MAIS DICAS

TERRÁRIO COMO RECURSO DIDÁTICO




Terrário, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, significa "instalação especial nos jardins zoológicos provida de terra, saibro, rochas, plantas etc., para a criação ou exposição de feras, répteis, roedores etc.". A palavra tem sua origem no latim terra, relativo ao globo terrestre e seus habitantes.
O terrário é um modelo de sistema ou um microssistema, isto é, um pequeno conjunto de elementos que interagem, funcionando juntos como uma totalidade. É uma reprodução de um sistema maior.
Uma ampla variedade de animais, como insetos, aracnídeos, moluscos, anfíbios, répteis e outros, pode ser mantida em um terrário. Os terrários, portanto, variam em diferentes aspectos, o que torna difícil defini-los com precisão. Dauner (1982) tem uma definição no mínimo honesta:
"Trata-se de algo parecido com um aquário, mas que não é um aquário".
Definições à parte, os terrários devem ser construídos de maneira que possam imitar o habitat natural das espécies, com plantas, rochas etc. Em seu interior, apenas o necessário para o conforto do animal, deixando a estética de lado.
E se você colocasse plantas e animais num recipiente fechado? Acha que morreriam logo?
Construir um terrário é uma forma de responder a estas perguntas. Além de ser curioso e divertido.
É importante que os alunos sejam responsáveis pela construção do terrário.
Em duplas ou grupos de no máximo quatro alunos, os estudantes devem planejar e executar cada passo da construção, que será discutida pela turma e pelo grupo.


Não é difícil, o grande desafio consiste em distribuir no interior desse miniviveiro plantas e animais na exata proporção do seu tamanho e impacto ambiental, isto é, encontrar o ponto de equilíbrio ecológico desses organismos vivos - sem impor excessos!

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Então, vamos mexer na terra... ou na Terra?
E se você colocasse plantas e animais num recipiente fechado? Acha que morreriam logo?

Primeiro pare e pense em tudo o que você sabe sobre um ambiente terrestre. Tudo o que é necessário para que o ambiente esteja em equilíbrio. Faça uma comparação com um pequeno ambiente, um jardim, um pequeno lago ou até mesmo um vasinho de plantas.
Agora imagine se você é capaz de criar um ambiente terrestre que possa manter-se sozinho depois de pronto - sem que você precise regar, plantar novamente, limpar... Você será o criador de algo que pode durar muuuuuuuuito tempo.

Desenhe este modelo que você criou (pode ser um simples esboço) e liste o que você acha que será necessário, desde o recipiente até os animais e plantas. Crie com liberdade, mas procure saber se suas idéias são viáveis. Livros e sites, além de colegas que já tiveram oportunidade de confeccionar um terrário, podem esclarecer suas dúvidas. Quanto tempo esse ambiente pode durar?

Esta etapa é muito importante: Você está procurando informações, tirando dúvidas, propondo possibilidades. Você está criando O SEU PRÓPRIO TERRÁRIO
A seguir, propomos um modelo de terrário.

Materiais básicos para construir um terrário:

Aquário ou outro recipiente de vidro;
Cascalho de rio ou pedrinhas redondas de tamanhos diferentes;
Musgo (opcional);
Carvão vegetal triturado ou areia;
Terra vegetal;
Mudas
Animais que possam conviver
Uma tampinha de refrigerante de plástico;
Água;
Álcool;
Pano.


Algum item do modelo que você criou não se encontra aqui? Que função ele tem no terrário? E o contrário: algum item deste modelo não estava no seu? Qual é a importância dele para o sistema?


Cada passo dado agora vai influenciar no tempo que seu terrário vai durar depois de pronto.Lembre-se que você está criando um ambiente terrestre!

Escolha um local claro, mas que não fique exposto ao sol nem a animais domésticos.
Escolha o recipiente que utilizará. O vidro que vai abrigar o terrário pode ser de qualquer tamanho e tipo, mas dê preferência aos vidros de boca larga. Na falta de aquários, vidros de maionese ou conservas podem se prestar bem a esse papel. Leve em consideração o tamanho das mudas que você vai plantar, pois elas não devem ficar mais altas do que a boca do recipiente;
Lave o recipiente com álcool e água, passando um pano em toda a sua superfície interna e externa;
Coloque uma camada de cascalho de rio ou pedrinhas no fundo do recipiente;
Espalhe uma camada de musgo (caso tenha optado por utilizá-lo);
Cubra o musgo com uma camada de carvão vegetal ou areia;
Coloque uma camada generosa de terra vegetal;
Faça furos no solo para plantar;
Plante as mudas das plantas escolhidas, com um espaço de no mínimo 2cm entre elas. Preste atenção se as raízes estão completamente enterradas;
Regue as plantas e o solo;
Coloque uma tampinha de refrigerante de plástico com um pouco de água num canto do terrário.

Um terrário nada mais é do que o ecossistema natural em que vivemos, numa escala reduzida. Essa pequena vitrine nos permite observar de perto os ciclos de chuva, de renovação da atmosfera e de reprodução da vida, o desenvolvimento e interação entre as espécies animais e vegetais, o solo e a água.

Em poucos dias, é possível comprovar que a fauna e a flora interagem o tempo todo e que qualquer ser vivo tem sua função na natureza. Até mesmo os invertebrados menos notados - e uma grande quantidade deles! - participam ativamente da decomposição de folhas mortas e restos vegetais. As minhocas, por exemplo, são grandes agentes da fertilização e da aeração do solo, revolvendo a terra ao cavar túneis subterrâneos. O mundo não seria o mesmo sem elas!

Podemos construir terrários de sistema aberto ou fechado. Sistemas "abertos" devem ser cobertos por telas que podem ser de arame ou náilon, com malha maior ou menor, de acordo com o tamanho dos animais que habitarão o terrário. O ideal é que, na mesma turma, sejam construídos terrários abertos e fechados, para comparação.

Cada passo e cada escolha devem ser questionados com os alunos. Por que colocar pedras, areia e terra? Cada elemento tem sua importância. Uma analogia com a Crosta Terrestre ajuda a entender a necessidade de cada um desses elementos.

Montada a base do terrário, está na hora de começar a discutir sobre os tipos de seres que serão colocados lá dentro. Por que as plantas? Haverá animais? Para que servirão?

Antes de colocar qualquer espécie dentro do terrário, o grupo deve conhecer seus hábitos alimentares, sociais, seus predadores, como se reproduzem. Enfim, ter um dossiê sobre a vida do ser em questão. Assim, saberão se ele pode viver no espaço oferecido e conviver com os outros seres que estarão no mesmo terrário. Livros didáticos de 6ª série do Ensino Fundamental fornecem as informações necessárias sobre os hábitos dos seres vivos em geral. Coloque uma tampinha de refrigerante de plástico com um pouco de água num canto do terrário.

É preciso cuidado na hora de escolher as plantas. Não há como fazer sobreviver plantas úmidas no mesmo local que as desérticas. Escolha apenas um tipo e varie na espécie das plantas.
Para ambientes mais úmidos, o musgo, azaléia, avenca, bromélia e a flor de kalanchoe são as mais indicadas. Para ambientes secos, os cactos são ideais: existem várias espécies para você misturar no terrário.
Não utilize plantas tóxicas pois elas podem causar irritações ou intoxicação em quem manuseá-las. Já as plantas carnívoras não fazem mal algum para os alunos, mas pobres dos insetos do seu terrário...

O mundo dos animais de viveiro é multiforme. Há animais de todos os tamanhos, cores e tipos. Quanto à alimentação, podem ser vegetarianos, carnívoros ou de alimentação mista (onívoros).

Muitos invertebrados se escondem debaixo de pedras e galhos secos para manter-se a salvo dos predadores e longe da luz. Para povoar seu terrário, você pode planejar uma rápida visita ao bosque ou jardim mais próximo de sua casa. Ali, bastará levantar uma pedra grande para descobrir um mundo fervilhante em miniatura: lesmas, minhocas, aranhas, planárias, tatus-bolas, joaninhas, caracóis e uma procissão de formigas.

Outros animais pequenos podem ser colocados no terrário, mas cuidado: alguns animais não podem conviver! Lembre-se que os aracnídeos alimentam-se de insetos. Se for sua intenção colocar os insetos como alimento, tudo bem, caso contrário é melhor evitar esta conjunção.
Os anelídeos arejam a terra. São portanto fundamentais.
As planárias precisam de ambiente extremamente úmido. E sombrio. Pedras chatas podem ser um bom lugar se o terrário estiver bem úmido.
Procure saber o tipo de planta que o inseto colocado no seu terrário precisa. Antes de iniciar a captura desses bichos, é conveniente pensar no meio de transporte que será usado. Uma velha caixa de sapatos vazia, por exemplo, é uma boa opção. Primeiro deve-se fazer alguns furos na tampa para permitir a ventilação. Em seguida, forrar uma parte do recipiente com um pouco de papel higiênico úmido, não esquecendo de fechar bem a caixa depois de apanhar os bichos.

Se você não quiser capturar muitos bichos, pode usar uma caixa de fósforos ou uma embalagem de filme fotográfico. Nos dois casos, é preciso fazer furinhos na tampa.
Podemos agora observar o mundinho em miniatura que criamos. Todas as relações de vida estão acontecendo ali dentro! Como os seres vão se manter vivos dentro do terrário lacrado? Todos estão respirando? Se estiverem, por que o oxigênio não acaba? Por que a água não acaba? Choveu no terrário?

É um bom momento para pensarmos no que é um sistema auto-sustentável.

Podemos, enquanto tentamos responder a estas questões, procurar comparações entre os tipos básicos de plantas e animais quanto ao uso que fazem da água (plantas aquáticas, terrestres, epífitas; animais terrestres, de rios, de mares etc.). O ideal seria trazer para a sala de aula um exemplar de cada espécie escolhida, em vidros com formol ou em caixas, para observar sua anatomia e fisiologia.
Faça com sua turma um monitoramento do crescimento das plantas e sua aparência. No caso de um terrário aberto, os alunos podem anotar a freqüência com que são regadas, a temperatura da água, a exposição ao ar fresco e à luz. Selecione plantas com diversas necessidades de luz e água para que se desenvolvam sob as condições iniciais. O ideal é registrar todas as observações em uma planilha ou em cadernos. Alterando as condições do terrário - como a exposição à luz ou a freqüência das regas (nos terrários abertos) - podemos comprovar como as mudanças afetam os diferentes tipos de plantas.
Para ter mais controle sobre as experiências, utilize recipientes idênticos para cada variedade de planta. Deixe que se estabilizem por uns dias e depois use um terrário como controle e o outro como terrário experimental.

A água que penetrou nas plantas pelas raízes vai formar gotículas sobre as folhas. Se a quantidade de água for excessiva para o tamanho do terrário, a atmosfera criada no terrário fechado não vai conseguir absorver todo o vapor, que se acumulará nas paredes do recipiente. Quando a umidade chegar ao ponto de saturação... vai chover! A água voltará ao solo e o ciclo recomeçará.
E então?
Queremos saber de sua experiência com a turma! Montaram um terrário? Ou foram vários? Como foram construídos: qual o tipo de terrário, os materiais, animais e plantas escolhidos? Que temas você abordou, a partir do terrário? Qual foi a reação dos alunos? Que dúvidas foram mais freqüentes? Que tipo de trabalho os alunos produziram?
Relate a sua experiência! As experiências mais interessantes serão publicadas no Portal da Educação Pública (www.educacaopublica.rj.gov.br).

PRINCIPAIS TIPOS DE TERRÁRIO

Em um terrário devemos controlar a temperatura, umidade, iluminação e ventilação, além dos cuidados próprios com a parte aquática, quando esta existir. Como esses fatores podem experimentar várias combinações, apresentamos aqui alguns tipos básicos de terrário, que são apenas uma pequena mostra do universo da terrariofilia. Os terrários que descrevemos são destinados a animais provenientes de regiões de clima quente, mais ou menos úmidas. Fica claro que igualmente existem várias modalidades de terrários destinados a animais de clima frio e temperado, pouco comum no Brasil. Nessa categoria podemos citar os seguintes exemplos: aquaterrário temperado, terrário de clima seco e temperado e terrário úmido temperado.

Quanto à utilização:
Terrário Quente e Seco

Destinado a animais provenientes de clima quente e seco, como os encontrados em regiões áridas. Nessas regiões, é notória a variação de temperatura: ao longo do dia é extremamente elevada e à noite cai sensivelmente. Com base nestes parâmetros, o terrário deve manter, durante o dia, uma temperatura elevada com o uso de um aquecedor, que durante a noite deve ser desligado. A água deve ser fornecida em pequenas quantidades e o substrato deve ser seco, podendo ser de terra, areia, rochas etc. A vegetação, quando não ausente, é escassa e formada por plantas que condizem com o ambiente pretendido, como os cactos.
Os animais próprios dessas regiões não hibernam, dadas as poucas variações climáticas ao longo do ano. Um número razoável de espécies de lagartos, aranhas e serpentes condizem com esse tipo de ambiente.

Terrário Tropical Úmido
É normalmente destinado a animais arborícolas e trepadores, razão pela qual deve ser mais alto que largo.
Permite a seu mantenedor criar um ambiente exuberante, com diversas espécies de plantas. A fim de proporcionar condições as mais próximas possíveis daquelas encontradas na floresta tropical úmida, a luz deve ser difusa e nunca solar direta, a umidade relativa saturante e a temperatura entre 25ºC e 30ºC.
Bromélias ou orquídeas são plantas apropriadas para este tipo de terrário. Estas condições favorecem a manutenção de animais arborícolas típicos de regiões quentes e úmidas, como vários insetos, aranhas, minhocas, lesmas, caracóis, serpentes, iguanas e camaleões.

Aquaterrário Tropical
É também de singular beleza, constituído de uma parte terrestre e outra aquática. Será destinado a um grande número de répteis, sendo mais comum a manutenção de pequenos cágados. Girinos podem ser colocados na parte aquática, para observar-se seu desenvolvimento. Mas exigem muitos cuidados. Os cágados, por exemplo, vão predar estes animais. A água deve ser mantida limpa e a temperatura controlada. É necessária também uma ampla área terrestre onde os animais possam descansar, caminhar, tomar banho de sol (ou radiações ultravioletas) e fazer a postura dos ovos. Devemos dispensar especial atenção ao tipo de material que usaremos como substrato em ambas as partes do terrário, a fim de não ser abrasivo para os animais (pode danificar o plastrão dos quelônios). A parte terrestre deve ter densidade e profundidade adequadas para que sejam feitas as posturas dos ovos, no caso dos répteis dominarem o ambiente.
São normalmente usados para manutenção de tartarugas aquáticas, apesar de poderem abrigar outros répteis como lagartos e serpentes tropicais, além de anfíbios como salamandras, sapos e rãs.

Quanto ao material:
Terrário de Vidro
Para um terrário simples pode-se usar aquários tradicionais, colados com silicone e cobertos com tampa de tela de náilon. Telas de arame fino também podem ser usadas, mas existem algumas ressalvas: no caso de se manter serpentes em tais terrários, algumas espécies mais agressivas costumam desferir botes contra a tela quando excitadas, e há a possibilidade de o animal vir a sofrer lesões graves na boca, podendo começar aí um problema sério, como a estomatite, por exemplo.

Terrário de Madeira
Terrários feitos de madeira têm sido usados com muito sucesso devido à grande versatilidade e facilidade de manejo do material. São particularmente úteis para manter animais de regiões desérticas, visto que estes não precisam ser borrifados com água e, portanto, não comprometem a madeira.
O terrário deve ser construído com visor de vidro na frente e com tampa de tela. É importante que o vidro fique bem assentado nas canaletas, de modo que não haja frestas por onde o animal possa escapar. A tampa de tela também deve ficar bem encaixada, pois alguns animais podem tentar removê-la.
A madeira empregada na construção do terrário deve ser previamente impermeabilizada com tinta ou verniz. Isto é necessário para que a umidade decorrente da borrifação do terrário e a umidade dos excrementos dos animais não penetrem na madeira, acelerando sua deterioração. É importante que se coloque o animal no terrário apenas quando o cheiro do impermeabilizante tenha se dissipado por completo, para não intoxicá-lo.
No caso de se utilizar tinta para a impermeabilização da parte interna, recomenda-se o uso de cores discretas, que não contrastem com a cor do animal. Esse artifício permite que o animal possa se camuflar dentro do terrário, de modo que se sinta protegido, o que contribui em muito com seu bem-estar psicológico, evitando que entre em estresse. O verde, em diferentes tonalidades, apresenta resultados bastante positivos. A cor branca é completamente desaconselhada.lo.
O verniz, apesar de ser um ótimo impermeabilizante, tem a desvantagem de ser brilhante, o que limita seu uso, pois confere ao interior do terrário aspecto bastante artificial e indesejado. Para impermeabilizações externas não existem restrições.

Terrário de Caixa Plástica
Existem no mercado diferentes tipos de caixas plásticas, com grande variedade de cores, formas e dimensões. Escolhido o modelo desejado, coloca-se uma tampa de tela em cima e tem-se um bom recinto para répteis e pequenos mamíferos. Também podem ser colocados visores de vidro, dependendo das necessidades de cada um. De acordo com as dimensões da caixa, pode-se manter em seu interior desde jibóias até lagartos, passando por hamster, camundongos ou outros roedores pequenos. Basta que o terrário seja preparado adequadamente para a espécie que se deseja manter.
Um bom material para ser utilizado no funda da caixa é a maravalha, vendida em casas de animais ou petshops. A maravalha é uma raspa de madeira que absorve eficazmente a urina e outros líquidos produzidos pelos animais. Deve ser trocada regularmente, de acordo com a quantidade de animais que estiverem no terrário.
O plástico apresenta a vantagem de ser impermeável, o que facilita sua manutenção. Algumas caixas são bastante eficientes para se manter filhotes de cobras recém-nascidos, porque estes, quando muito pequenos, podem escapar por quaisquer frestas em outros terrários, o que não ocorre nas caixas plásticas. Outra vantagem dessas caixas é o fato de serem lisas, o que evita que as paredes sejam escaladas pelos animais.

Terrário de Caixa de Amianto
As caixas de amianto, conhecidas como caixas d'água, também podem ser utilizadas com a finalidade de manter répteis em cativeiro. Nessas caixas, podem-se manter cágados, cobras, filhotes de jacarés etc. Normalmente, não é necessário o uso de tampa, face à altura da caixa e aos hábitos dos animais nela eventualmente mantidos. Se houver possibilidade de os animais escaparem ou, ao contrário, de predadores invadirem a caixa, aí sim deve ser providenciada a tampa.
Quando cágados, por exemplo, estiverem cativos nessas caixas, deve-se observar para que o fundo não seja de superfície áspera, pois isto tende a provocar abrasões no plastrão dos animais, deixando-os suscetíveis à entrada de agentes patogênicos, que atacam plastrão e carapaça, culminando freqüentemente com a morte dos animais. Se tal problema for detectado, recomenda-se retirar os animais do local até que seja providenciado um material não abrasivo para forrar o recinto.
As caixas d'água apresentam a desvantagem de serem muito pesadas, um empecilho, portanto, se for preciso removê-las, pois se quebram com relativa facilidade. Também existem suspeitas de que alguns animais mantidos em caixas d'água morrem em função da toxicidez do pó de amianto. O problema tem ocorrido com animais não aquáticos (serpentes em geral). Quelônios, ao contrário, têm sido mantidos com sucessos em tais recintos.

Mudas
Há uma infinidade de mudas que podem ser plantadas no terrário. É importante identificar o clima. Plantas de ambientes úmidos não devem ser misturadas com plantas de ambientes secos. Atenção, também, quanto à forma de plantar. Veja como fazer em Discutindo a construção e Como plantar as mudas.

Animais que possam conviver
Cuidado ao escolher as espécies animais. Lembre-se que aracnídeos são predadores de insetos e alguns insetos predam outros menores. Uma pesquisa em bons livros didáticos sobre os hábitos dos animais é essencial

Plantas Tóxicas
Nome vulgar das 16 plantas que mais causam intoxicação em nosso país divulgados pela Fundação Instituto Oswaldo Cruz (FIOCruz):
Tinhorão, comigo-ninguém-pode, taioba-brava, copo-de-leite, saia-branca, aroeira, bico-de-papagaio, coroa-de-cristo, avelós, urtiga, espirradeira, chapéu-de-napoleão, cinamomo, mandioca-brava, mamona e pinhão-roxo.


Veja mais informações e fotos sobre estas plantas na página da FIOCruz (http://www.fiocruz.br/cict/sinitox/prognacional.htm).

APLICAÇÕES EM SALA DE AULA

Procuramos relacionar a oficina aos programas de cada série dos Ensinos Fundamental e Médio. Aqui você pode identificar em que momento aplicar cada tema na série em que está trabalhando. Ensino Fundamental
5ª série

Composição do ar e da água;
Importância do ar na respiração dos seres;
Importância da água para os seres;
Ar na fotossíntese;
Equilíbrio ecológico.

Obs.: Todo o conteúdo da disciplina de Ciências na 5ª série pode ser trabalhado com base na construção do terrário, uma vez que todos os conceitos sobre meio ambiente estarão envolvidos nesta atividade.

6ª série
Vegetais
As células dos vegetais;
Seres que fabricam o próprio alimento;
Fisiologia e morfologia vegetal.
Animais
As células dos animais;
Fisiologia e morfologia animal.
Geral
Classificação dos seres vivos;
Relações entre os seres;
Relações dos seres com o meio ambiente.
7ª série
Nutrição
A importância da alimentação variada.
Obs.: Trabalhando com mamíferos como cobaias, é possível fazer analogias de forma e funções com os seres humanos.
8ª série
Energia
Demonstrar as transformações de energia;
Energia luminosa, energia química, energia calorífica, energia cinética.
Ensino Médio
Biologia celular animal e vegetal
Energia na célula - mitocôndrias e cloroplastos.
Fisiologia vegetal e animal (geralmente abordada na 2ª série)
Fatores que interferem na fotossíntese;
Concentração de CO2;
Temperatura;
Ponto de compensação luminoso ou fótico;
Alimentação e reprodução animal
Ecologia (geralmente abordada na 3ª série)

- Diversidade dos vegetais e animais; - Adaptações ao ambiente.

FONTE: http://danazevedo.blogspot.com.br/2006/07/terrrio-como-recurso-didtico.html

6º ENCONTRO PPIP E 3º ENCONTRO LABORATÓRIO 3º BIMESTRE

Rio de Janeiro, 1º de agosto de 2014
PPIP 2 tempos

LABORATÓRIOS
APRESENTAÇÃO DAS HORTAS E TERRÁRIOS

As apresentações das hortas e terrários nos possibilitou repensar o trabalho realizado em sala de aula de forma contextualizada, problematizadora, incentivadora da curiosidade e pesquisa infantil.









 Compreender o ser humano como uma unidade complexa e integral, afetiva, psicossocial, racional, cultural capaz de se relacionar consigo mesmo e com o mundo que o cerca.
Organizar atividades que desenvolvam a prática de conhecer, agir e interagir com o ambiente de maneira crítica e consciente de seu papel de estar no mundo.
 Identificar práticas de agressão ao ecossistema e de se posicionar criticamente diante de tais fatos.
ATIVIDADES
A)     Construir, em grupos distintos, um projeto interdisciplinar que atenda às questões socioambientais

Atividade Horta/ Terrário – Educação Infantil/ Fundamental
Grupo: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
O que eu posso desenvolver, trabalhar com as crianças, a partir da confecção de uma horta/ terrário no Espaço da Educação Infantil? Justifique
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Objetivo do grupo
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Tempo estimado:___________________________________________________________________

O que vamos precisar:
pessoa
trazer
pessoa
trazer





























Ações e responsáveis pelas ações
ações

responsáveis
período






























Data para apresentação na sala: ___________
Assinatura do grupo:
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Outras Dicas
HORTA
FONTES PARA CONSULTA: Projeto Horta Suspensa

http://www.parceirosdaeducacao.org.br/boaspraticas/uploads/horta_suspensa__ee_frederico_marcicano__fina6529.pdf

http://www.verdenovo.org/site/?p=2365


1. PROVIDENCIE OS UTENSÍLIOS BÁSICOS
Pá:
 Para abrir as covas na terra.
Tesoura: Para podar as plantas.
Luvas: Para evitar pegar doenças como toxoplasmose, encostar em fungos ou pragas, ou se machucar em espinhos.
Palitos de churrasco: Para apoiar as mudas que estão crescendo.
Fechos de embalagens como as de pão de forma: Para prender as mudas nos palitos.
2. PREPARE O SOLO
Misture metade de terra e metade de composto orgânico ou húmus de minhoca (espécie de "vitamina" para a planta). Cave buraquinhos na distância indicada para cada espécie. Se a horta estiver em vasos, ponha pedras ou cacos de cerâmica no fundo, para a água escoar mais facilmente.
3. PLANTE SUA HORTALIÇA FAVORITA
Para ter sucesso na empreitada, respeite o calendário de plantio (verifique na tabela da próxima página a época recomendada para cada hortaliça). E não deixe as plantas no breu. Quanto mais escuro for o lugar, mais perto da janela as mudas devem ser colocadas.
4. LEMBRE-SE DE REGAR Para saber a frequência, nada melhor do que usar o "dedômetro". Se a terra não estiver seca, deixe o regador no armário. Planta encharcada fica fraca e propensa a ter doenças, como fungos - pratinhos embaixo de vasos, portanto, devem ser abolidos.
5. APOSTE EM REPELENTES NATURAIS
Inseticidas também matam os bichinhos do bem - por exemplo, exterminar as lagartas vai acabar com as borboletas. Além das opções orgânicas, você pode plantar cravo-de-defunto. Outro modo de afastar pragas é atrair passarinhos.


PRAGAS MAIS COMUNS
Cochonilha

Parecida com um besourinho marrom ou uma bolinha de algodão, come os brotos das plantas.
Lagarta
Filhote de borboleta, ela gosta de folhas durinhas, como as da escarola ou da couve-manteiga.

Lesma e caracol Com descrições dispensáveis, também comem flores, além das folhas.
Pulgão
Espécie de formiguinha verde ou preta, detona brotos, folhas, flores e frutas.
Não deixe de consultar o calendário das hortaliças.