sexta-feira, 14 de março de 2014

6º ENCONTRO LABORATÓRIO

HISTÓRIA DE UM QUADRADINHO
















6º ENCONTRO LABORATÓRIO


6º ENCONTRO LABORATÓRIO

Rio de Janeiro, 14 de março de 2014.

Objetivos:
Levantar alguns conceitos sobre língua e linguagem;
Refletir sobre letramento, gênero textual e os vários tipos de suporte;
Entender a inclusão como um fenômeno social em seus diversos aspectos;
Entender a inclusão na escola, não apenas, como o atendimento aos especiais, mas através de um espaço que abraça as diferenças, promovendo o contato e a construção do conhecimento de formas variadas, promovendo a afetividade, a identidade e a autoestima.

Desenvolvimento




LABORATÓRIO DE LINGUAGEM / CULTURA

 

Concepção de linguagem

De acordo com o prof. Luiz C. Travaglia, no seu livro Gramática e Interação, admite-se para a linguagem admite três concepções:
1.        Linguagem como expressão do pensamento Se a linguagem é expressão do pensamento, quando as pessoas não se expressam bem é porque não sabem elaborar o pensamento. Se o enunciador expressa o que pensa, sua fala é resultado da sua maneira própria de organizar as suas ideias. O texto, dessa forma, nada tem a ver com o leitor ou com quem se fala, e sim, somente com o enunciador. Nessa linha de pensamento encontra-se a gramática normativa ou tradicional.
2.        Linguagem como instrumento de comunicação Neste conceito a língua é vista como um código, que deve ser dominado pelos falantes para que as comunicações sejam efetivadas. A comunicação, pois, depende do grau de domínio que o falante tem da língua como sistema. O falante utiliza-se dos conceitos estruturais que conhece para expressar o pensamento; o ouvinte decodifica os sinais codificados por ele e transforma-os em nova mensagem. Essa linha de pensamento pertence ao estruturalismo e também ao gerativismo.
3.        Linguagem como forma ou processo de interação
Nesta concepção o falante realiza ações, age e interage com o outro (com quem ele fala). Dessa forma, a linguagem toma uma dimensão mais ampla e não uniforme, pois inserindo num contexto ideológico e sócio-cultural, ela não tem direção preestabelecida – vai depender unicamente da interação entre os dois sujeitos. Fazem parte dessa corrente a Teoria do Discurso, Linguística Textual, Semântica Argumentativa, Análise do Discurso, Análise da Conversação.

Significado de Língua

s.f. Conjunto dos elementos que constituem a linguagem falada ou escrita peculiar a uma coletividade: a língua portuguesa.
Sistema de vocabulário e sintaxe usado em determinada época, por certos escritores, em uma ou outra profissão etc.: a língua do séc. XVI, de Guimarães Rosa, dos tribunais.
Ter língua comprida, não guardar segredo, falar demais.
Língua materna, a da terra em que se nasce.
Língua morta, a que deixou de ser falada por um povo.
Língua viva, a que é falada por um povo.
Má língua, pessoa maldizente.
Língua solta, pessoa que fala muito.
Língua viperina, pessoa que põe maldade no que diz.
Dar com a língua nos dentes, revelar um segredo, falar indiscretamente.
Dobrar a língua, corrigir um dito inconveniente, falar com mais respeito.
  1. O que é língua?
A língua é um sistema de signos. É a forma humana e social de comunicar ideias através de um todo organizado de diferenças. Esse todo organizado é, por sua vez, um sistema abstrato de distinções, abstrato posto que os significantes lingüísticos e mesmo os significados não existem na coisa em-si e de distinções posto que só sabemos que algo é uma coisa porque não é outra. A língua é constituída arbitrariamente por convenções sociais e, portanto, tem origem difusa e coletiva. Também se encontra ao nível da potencialidade, posto ser uma faculdade que ultrapassa a execução efetiva no ato comunicativo, o que possibilita as transformações históricas da língua. Enquanto fato social, a língua não está em nós, mas entre nós, o que pode ser exemplificado no fato, sensorialmente falando, de que o processo da pessoa x falar é distinto do processo da pessoa y ouvir. Contudo, a língua é mais do que uma forma de comunicação e, mais significativamente, enquanto tal é falha, pois gera o dissenso interpretativo. A língua configura o mundo, constrói o real.

LABORATÓRIO DE INCLUSÃO  


O que é inclusão?Entenda as bases da inclusão social e escolar e evite confusões em matéria de inclusão de pessoas com deficiência
Incluir
do Lat. includere
verbo transitivo direto
compreender, abranger;
conter em si, envolver, implicar;
inserir, intercalar, introduzir, fazer parte, figurar entre outros;
pertencer juntamente com outros
No bom e velho "Aurélio" , o verbo incluir apresenta vários significados, todos eles com o sentido de algo ou alguém inserido entre outras coisas ou pessoas. Em nenhum momento essa definição pressupõe que o ser incluído precisa ser igual ou semelhante aos demais aos quais se agregou.
Quando falamos de uma sociedade inclusiva, pensamos naquela que valoriza a diversidade humana e fortalece a aceitação das diferenças individuais. É dentro dela que aprendemos a conviver, contribuir e construir juntos um mundo de oportunidades reais (não obrigatoriamente iguais) para todos. Isso implica numa sociedade onde cada um é responsável pela qualidade de vida do outro, mesmo quando esse outro é muito diferente de nós.

A escola e a inclusão

Os objetivos tradicionais na educação de pessoas com necessidades educativas específicas, ainda se orientam por conseguir alcançar comportamentos sociais controlados, quando deveriam ter como objetivo que essas pessoas adquirissem cultura suficiente para que pudessem conduzir sua própria vida. Ainda vivemos em um modelo assistencial e dependente quando a meta da inclusão é o modelo competencial e autônomo.O pensamento pedagógico dos profissionais, é que "as crianças com necessidades educativas específicas são os únicos responsáveis (culpados) por seus problemas de aprendizagem (às vezes esse sentimento se estende aos pais), mas raras vezes questionam o sistema escolar e a sociedade... o fracasso na aprendizagem deve-se às próprias crianças com deficiência e não ao sistema, pensa-se que são eles e não a escola quem tem que mudar."*
É um modelo baseado no déficit, que destaca mais o que a criança não sabe fazer do que aquilo que ela pode realmente fazer. Assim, esse modelo se centra na necessidade do especialista, e se busca um modo terapêutico de intervir, como se a resolução dos problemas da diversidade estivesse sujeita à formação de especialistas que se fazem profissionais da deficiência.
Essa escola seletiva valoriza mais a capacidade dos que os processos; os agrupamentos homogêneos do que os heterogêneos; a competitividade do que a cooperação; o individualismo do que a aprendizagem solidária; os modelos fechados, rígidos e inflexíveis do que os projetos educativos abertos, compreensivos e transformadores; apóia-se em desenvolver habilidades e destrezas e não conteúdos culturais e vivenciais como instrumentos para adquirir e desenvolver estratégias que lhes permitam resolver os problemas da vida cotidiana.
Essa postura é um problema ideológico, por que o que se esconde atrás dessa atitude é a não-aceitação da diversidade como valor humano e a perpetuação das diferenças entre os alunos, ressaltando que essas diferenças são insuperáveis.
A escola inclusiva é aquela onde o modelo educativo subverte essa lógica e pretende, em primeiro lugar, estabelecer ligações cognitivas entre os alunos e o currículo, para que adquiram e desenvolvam estratégias que lhes permitam resolver problemas da vida cotidiana e que lhes preparem para aproveitar as oportunidades que a vida lhes ofereça. Às vezes, essas oportunidades lhes serão dadas mas, na maioria das vezes, terão que ser construídas e, nessa construção, as pessoas com deficiência têm que participar ativamente.
Esta incompreensão da cultura da diversidade implica em que os profissionais pensem que os processos de integração estavam destinados a melhorar a "educação especial" e não a educação em geral. Encontramo-nos em um momento de crise, por que os velhos parâmetros estão agonizando e os novos ainda não terminaram de emergir. Penso que a cultura da diversidade está colocando contra a parede o fim de uma época (o ocaso da modernidade?) educativa.
A cultura da diversidade vai nos permitir construir uma escola de qualidade, uma didática de qualidade e profissionais de qualidade. Todos teremos de aprender a "ensinar a aprender". A cultura da diversidade é um processo de aprendizagem permanente, onde TODOS devemos aprender a compartilhar novos significados e novos comportamentos de relações entre as pessoas. A cultura da diversidade é uma nova maneira de educar que parte do respeito à diversidade como valor.
*Melero, Miguel Lopez - Diversidade e Cultura: uma escola sem exclusões. Universidade de Málaga. Espanha.2002



História
 A história de um quadradinho

 Apostila
Letrando: Atividades para a formação do professor alfabetizador

 Preciso “ensinar” o letramento? Não basta ensinar a ler e escrever?

1º capítulo Enriquecendo a noção de texto
Adriane Teresinha Sartori
Ana Lúcia Silva Sousa
Ana Luísa Marrocos Leite
Angela B. Kleiman (coordenadora)
Carolina Assis Dias
Clécio dos Santos Bunzen Junior
Glícia Marili Azevedo de Medeiros Tinoco
Paula Baracat de Grande
Renata Andréa da Silva