Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 2014.
2º Encontro
LABORATÓRIOS
Objetivos:
Conhecer os pilares básicos da educação anunciados por
Jacques Delors que servem de estrutura para sistematização dos laboratórios;
Compreender o “espaço laboratórios”;
Relacionar laboratório com o trabalho realizado em uma sala
de aula e com aspectos que envolvem a prática pedagógica
Informar sobre a organização e dias da disciplina;
Recolher o trabalho da Charge do encontro anterior (deixamos para que seja entregue dia 27 de fevereiro).
Desenvolvimento
1º Os pilares da
educação foram colocados no quadro branco.
2º A partir do papelógrafo apresentei o objetivo da disciplina
Laboratório `Pedagógico e conversamos sobre a relação entre eles: Vida e
Natureza, Atendimento Educacional Especializado, Culturas, Linguagens e
Alfabetização.
3º Trabalhamos inicialmente o Laboratório de Linguagem e
Alfabetização junto com Culturas. Através de dois textos: Meninas Lobas e
Humanidade e Linguagem, conversamos sobre a linguagem enquanto produção
cultural do homem. A língua como instrumento construído historicamente a partir
de uma realidade vivida e repleta de sentido e significados. Também percebemos
que a linguagem pode ser expressada de diversas formas, assim como, a relação
entre linguagem, significação e contexto, e a interação entre sujeitos.
Através de uma imagem (uma pipa)
realizamos uma leitura do que poderia ser um “texto” e seus possíveis
“significados”, dependendo do leitor e sua bagagem ao interpretar e interagir
com o mesmo.
4º Poesia:
Eu, Etiqueta
(Carlos Drummond de Andrade)
Após leitura, discutimos sobre o que cada um entendeu.
Relacionamos os dois laboratórios.
Destaque
:
Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
A afirmação sobre a questão do nome
verdadeiro e do nome “grudado na calça”, torna-se instrumento para uma boa discussão: a crise de identidade
gerada por tais influências.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
que jamais pus na boca, nesta vida.
Por meio desses versos
podem ser trabalhadas questões ideológicas, muito bem exploradas pela
própria ideologia do autor, bem como aspectos ligados ao consumismo. Outro
aspecto, representando as finalidades da proposta didática, faz referência às
características dos gêneros textuais discursivos, sobretudo aqueles inerentes à
linguagem publicitária, os quais pendem para a persuasão, o que nos
remete, também, à ideia do consumismo
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
Por que o poeta sugere, pede que o
retifiquem? Como sabemos, a ação de retificar se encontra relacionada a
corrigir, rever algo. Será mesmo que é preciso que nos retifiquemos? Caso sim,
em que lugar estaria escondido nosso verdadeiro “eu”?
Ao se utilizar da expressão “meu nome novo é coisa”, será possível que, enquanto submetidos à classe “opressora”, digamos assim, somos realmente levados à condição de pessoas coisificadas?
No último verso, no qual o poeta afirma que ele realmente é a coisa, ele chega à conclusão de que se tornou um efetivo refém de tal dominação. E você (no caso, os alunos)? Fica aqui um questionamento que merece ser debatido e explorado ao máximo, em todos os âmbitos.
Ao se utilizar da expressão “meu nome novo é coisa”, será possível que, enquanto submetidos à classe “opressora”, digamos assim, somos realmente levados à condição de pessoas coisificadas?
No último verso, no qual o poeta afirma que ele realmente é a coisa, ele chega à conclusão de que se tornou um efetivo refém de tal dominação. E você (no caso, os alunos)? Fica aqui um questionamento que merece ser debatido e explorado ao máximo, em todos os âmbitos.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Graduada em Letras
Observação
Para o próximo encontro
Atividade em grupo: trazer
papel pardo, etiquetas, palavras, imagens, símbolos retirados de embalagens,
revistas etc. Trazer cola, tesoura, canetinha, régua...
Pesquisar o que é
Ecossistema/ meio ambiente
– conceito
Definição de inclusão
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