sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

3º ENCONTRO LABORATÓRIO



Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 2014.

3º Encontro

LABORATÓRIOS

Objetivos:

Levantar questões sobre a bagagem cultural, social, emocional e histórica de cada um;
Perceber influências culturais;
Relacionar as influências culturais e buscar através da discussão a origem de algumas influências e paradigmas.

Desenvolvimento:
1º Após a divisão da turma em grupos, iniciamos nosso “boneco”, representando a bagagem cultural do grupo: interesses, ideias, desejos, atividades, valores etc.

2º Depois, os trabalhos foram apresentados e conversamos sobre como foi feita a seleção dos símbolos (marcas de produtos, desenhos etc.) propostos, assim como, palavras. Se houve divergências e por qual motivo ocorreram, caso tenham acontecido, durante a  “composição” do “eu” que nem sempre é só “etiqueta” dependendo das escolhas, mas que de uma forma ou de outra, sua imagem é uma forma de comunicar-se com o mundo, de transmitir uma mensagem, ainda que, não tenha total consciência disso.
Esse ser sócio história, produtor e consumidor, vive em um mundo simbólico, às vezes, distanciado de si mesmo.

3º Realizamos a leitura do texto: Quando a escola é de vidro – Ruth Rocha
A partir do texto, sem trabalhar com conceito, refletimos sobre a inclusão e exclusão em diversos aspectos. Outro ponto importante é o conflito diante do que é diferente, e o quanto, o exemplo, a convivência com o diferente pode ser uma ponte para a reflexão de que a mudança em certos momentos pode ser possível é deve ser discutida e experimentada. Que não somos iguais!
Utilizando a metáfora do vidro descreve a escola em vários aspectos: seriação, o modelo tradicionalista de ensino, os aspectos pedagógicos, mobiliário, programa, a interação e outros.
Demonstra como a escola tradicional se centra na figura do professor, o transmissor do ensinamento. Ao aluno é permitido receber esse ensinamento, sem estímulo para sua formação crítica e questionadora. É o que Paulo Freire chama de educação bancária. No modelo tradicional de ensino não há liberdade para questionamentos. E caso ocorra essa situação, o aluno é visto pelo professor como um mau exemplo para os outros alunos. A disciplina é rígida e com um grande número de regras a serem seguidas e ao menor sinal de transgressão dessas regras, os alunos são punidos severamente.
A escola não leva em conta as diferenças dos seus alunos, sustentando a ideia de que todos são iguais. É fato que essa igualdade esconde a desigualdade real. Cada um aprende de um jeito e em tempos distintos. Mas é muito mais prático para o professor manter essa "igualdade" e a não formação de alunos críticos, pois se eles se moldam de uma mesma forma, a tendência é dar menos trabalho a ele.
Os alunos por sua vez, estão acostumados ao seu vidro, quer dizer, a esse modelo, e ao se virem fora dos vidros, se sentem desconfortáveis com a situação e na maioria das vezes ficam desorientados, não sabendo nem como se comportar.
Outro ponto, é que a partir do momento que um aluno é reprovado, não se respeita o seu crescimento natural e seus interesses que mudam naturalmente com a sua idade. O aluno também fala através de seu corpo.
O vidro também se torna uma barreira entre o professor e o aluno e a relação entre eles não consegue ser espontânea e natural, além de muitas vezes nem poder ser compreendida.
Apesar de todas as críticas dadas ao ensino tradicional, ela continua arraigada na prática escolar.
Pedagogia sem mistérios

Observação: Neste encontro envolvemos os quatro laboratórios.

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