Rio de Janeiro, 13 de março de 2014 - 6 tempos
Rio de Janeiro, 14 de março de 2014. - 2 tempos
Realizamos o encontro de 06 e 07 de março. Acrescido de mais etapas:
- Leitura da justificativa para a Campanha.
- Entrega de POP para registro do Projetinho da campanha
- Levantamento de escolas para EI e EF
- Finalização do Contrato Pedagógico
- Organização dos grupos de PPIP
Observação: Um parte da turma, decidiu organizar uma apresentação de boas vindas no sábado letivo, quando ocorrerá a Incorporação do 1º ano ao corpo discente.
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO CARMELA DUTRA
Campanha
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CONTEXTUALIZANDO A CAMPANHA
RELATO
Ao iniciarmos o ano letivo de 2014, percebemos o interesse dos alunos
em se “apropriarem” do espaço, recepcionando os novos alunos com um “trote”
solidário, contribuindo de forma responsável e atuando em um espaço que também
é deles, a partir da mobilização de uma campanha para a arrecadação de gêneros
alimentícios com o objetivo de doá-los a uma instituição etc.
Sendo assim, um grupo de alunos da T. 3001 durante a aula de
PPIP/Laboratórios perguntou se a disciplina poderia abraçar está idéia, o que
muito me interessou, no entanto, seria preciso, comunicarmos primeiro à Direção
da Unidade Escolar, e após a permissão, repensarmos e organizarmos os passos
para colocar em pratica a campanha.
Os alunos se encaminharam primeiro ao SOE, cuja orientação, os
direcionou a estender essa ação solidária, não apenas aos alunos novos, mas
também, a toda comunidade escolar. Sugestão que foi imediatamente aceita pelo
grupo. Após, o SOE comunicou a Direção que permitiu dar início à organização da
campanha. O SOE também sugeriu uma Instituição para receber a doação que atende
crianças com câncer em Irajá.
Essa campanha, segundo sugestão do grupo, seria realizada pelos
próprios alunos da turma. Resolvemos
então, registrar essa ação como forma de documentar esse trabalho, assim como,
mostrar para os nossos alunos (e futuros professores) que a atitude assumida
por eles, mostrou o quanto a participação da comunidade é imprescindível para a
construção de um espaço escolar democrático, para uma sociedade mais solidária,
para o desenvolvimento da autonomia, cidadania e, prevista na lei. Os próprios
Parâmetros Curriculares elegem princípios contidos na constituição que devem
orientar a educação escolar. Entre eles, vamos citar a Participação e a
Co-responsabilidade pela vida social. Segue o texto:
“Participação
Como princípio democrático, traz a noção
de cidadania ativa, isto é, da complementaridade entre a representação política
tradicional e a participação popular no espaço público, compreendendo que não
se trata de uma sociedade homogênea e sim marcada por diferenças de classe,
étnicas, religiosas, etc.
Co-responsabilidade pela vida social
Implica partilhar com os poderes
públicos e diferentes grupos sociais, organizados ou não, a responsabilidade
pelos destinos da vida coletiva. É, “nesse sentido, responsabilidade de todos,
a construção e a ampliação da democracia no Brasil.”
(p.21).
O projeto educativo de qualquer escola precisa prever a construção de
conhecimentos e a formação do educando em toda sua plenitude e complexidade,
favorecendo o desenvolvimento da sua autonomia, iniciativa, espírito crítico,
cidadania, a aquisição e construção de conhecimentos para que possa atuar na
sociedade através de sua ação transformadora e consciente. Promover o ser no
mundo e com o mundo, segundo Paulo Freire.
Fala-nos. Freire:
“O ser humano é uma totalidade que
recusa ser dicotomizada. É como uma inteireza que operamos o mundo enquanto
cientistas ou artistas, enquanto presenças imaginativas, críticas ou ingênuas.
Por isso também que a educação será tão mais plena quanto mais esteja sendo um
ato de conhecimento, um ato político, um compromisso ético e uma experiência
estética.” (p.55).
Esse desenvolvimento da autonomia é proporcionado quando o educando
tem espaço para tomar decisões, construir regras, refletir sobre suas ações e
perceber suas responsabilidades diante do grupo a partir de posturas e atitudes
éticas, ou seja, a partir da vivência em um espaço democrático, onde atua de
forma participativa e responsável na dimensão do coletivo. Sobre a ética, diz
os Parâmetros Curriculares:
A reflexão ética traz à luz a discussão
sobre a liberdade de escolha. A ética interroga sobre a legitimidade de
práticas e valores consagrados pela tradição e pelo costume. Abrange tanto a
crítica das relações entre os grupos, dos grupos nas instituições e perante
elas, quanto à dimensão das ações pessoais. Trata-se, portanto de discutir o sentido
ético da convivência humana nas suas relações com várias dimensões da vida
social: o ambiente, a cultura, a sexualidade e a saúde. (p.25)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no 9.394/96 aponta
para a necessidade de repensar posturas e adotar no espaço escolar a existência
de uma verdadeira autonomia, assegurando a participação de toda a comunidade
escolar na tomada de decisões e ações efetivas que venham contribuir,
enriquecer a convivência democrática e construção da autonomia nesse mesmo
espaço, ao sugerir a construção do Projeto Político Pedagógico. O PPP torna
viável a manifestação de todos os setores da escola, favorecendo o objetivo
social da educação: formar cidadãos críticos, reflexivos, autônomos,
conscientes de seus direitos e deveres, capazes de compreender a realidade em
que vivem preparados para participar da vida econômica, social e política do
país e aptos a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa.
Ainda os Parâmetros Curriculares
Nacionais:
“A contribuição da escola, portanto, é a
de desenvolver um projeto de educação comprometida com o desenvolvimento de
capacidades que permitam intervir na realidade para transformá-la. Um projeto
pedagógico com esse objetivo poderá ser orientado por três grandes diretrizes:
• posicionar-se em relação às questões
sociais e interpretar a tarefa educativa como uma intervenção na realidade no
momento presente;
• não tratar os valores apenas como
conceitos ideais;
• incluir essa perspectiva no ensino dos
conteúdos das áreas de conhecimento escolar." (p.24).
Sendo assim, é legítima a participação da comunidade escolar em todos
os espaços da escola, sua contribuição e participação reforçam o quanto essa
mesma comunidade também faz parte desse espaço e o quanto esse espaço é de toda
a comunidade. O coletivo de uma escola expressa a diversidade, ou seja, a
representação dos diversos segmentos com suas ideias e valores, enriquecendo
esse espaço que também é de conflito, de troca, espaço da convivência com os
diferentes e por isso mesmo, tão grandioso, tão rico.
Paulo Freire, Política e
educação: Ensaios. 5ª edição – Editora Cortez, 2001.
Parâmetros Curriculares
Nacionais: Apresentação dos Temas Transversais, ética/ Secretaria de Educação
Fundamental. Brasília, MEC/ SEF. 1997.
POP
Sistema de Padronização
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1 – INTRODUÇÃO:
2 – OBJETIVO:
3 – CAMPO DE APLICAÇÃO:
4 – PRINCIPAIS PASSOS: